O papa Francisco contribuiu com R$ 11,7 milhões para ajudar a reduzir o\n prejuízo deixado pela organização da JMJ (Jornada Mundial da Juventude), evento\n que reuniu milhares de católicos no Rio, em julho do ano passado.\n \n O evento deixou um deficit de R$ 91,3 milhões para a Igreja no Brasil, que\n após renegociações com fornecedores, doações, campanhas e a venda de um imóvel\n (onde funciona o hospital Quinta D”or) foi reduzido para R$ 43,2 milhões, sendo\n R$ 20,8 milhões devidos a fornecedores e R$ 22,9 milhões com despesas de\n alimentação.\n \n Com a contribuição do papa, a conta cai para R$ 31,5 milhões.\n \n Segundo o comitê organizador, na época do evento, o total de peregrinos\n inscritos oficialmente na JMJ chegou a 427 mil. Cada um deles pagou entre R$\n 100 e R$ 600 por pacotes, o chamado kit peregrino, que poderia incluir\n transporte, alimentação e hospedagem.\n \n A Igreja havia informado que os custos da JMJ seriam pagos, principalmente,\n com o valor arrecadado com as inscrições oficiais. A JMJ consumiu pelo menos R$\n 109 milhões em recursos públicos.\n \n Os gastos do Comitê Organizador passou pela auditoria da Ernest amp; Young,\n que confirmou em agosto o deficit de R$ 91,3 milhões.\n \n "Há um esforço local para saldar os compromissos financeiros. Os\n contratos ainda em aberto estão sendo renegociados e os valores pendentes devem\n ser quitados na medida em que os recursos estiverem disponíveis", informou\n a assessoria da JMJ em nota hoje.\n \n A organização da JMJ informou ainda que consolidou parcerias que resultaram\n no lançamento de quatro produtos (três DVDs e um CD), cujas vendas serão fonte\n de recursos para cobrir o deficit da jornada.\n \n O comitê organizador negou ainda que a JMJ tenha consumido recursos\n públicos, afirmando que "a participação da administração pública se deu\n para assegurar o funcionamento dos serviços públicos durante o evento".