G1/PCS
ImprimirUma perícia elaborada por técnicos do Senado, a pedido da defesa de Dilma Rousseff, apontou que houve irregularidades na edição de decretos de créditos suplementares sem autorização do Congresso e nas chamadas "pedaladas fiscais", ambas cometidas no governo da presidente afastada.
Ainda segundo a perícia, há provas de que Dilma agiu diretamente na edição dos decretos. No entanto, segundo os técnicos, não foi identificada uma ação direta da presidente afastada que determinasse o atraso nos pagamentos da União para bancos públicos que configuraram as "pedaladas".
A perícia foi realizada em cima de laudos do Tribunal de Contas da União (TCU), que embasam o pedido de impeachment. Num primeiro momento, a comissão de impeachment negou a solicitação da defesa para que os técnicos analisassem os documentos. Depois, atendendo a recurso dos advogados de Dilma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou que a perícia fosse realizada.
Créditos suplementares
Uma das principais denúncias do pedido de afastamento da presidente é de que ela teria editado decretos para liberar R$ 2,5 bilhões em crédito extra, no ano passado, sem aval do Congresso Nacional.
A defesa da presidente afastada vem afirmando, nas diversas sessões do processo de impeachment, que não era necessário o aval do Congresso. Os técnicos do Senado disseram na perícia que essa autorização era obrigatória e que o fato de o governo não ter submetido os textos dos decretos aos parlamentares fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.