Sábado, 23 de Novembro de 2024
Brasil
22/08/2016 18:48:00
PGR suspende negociações de delação premiada com Léo Pinheiro
Ex-presidente da OAS negociava acordo para tentar reduzir pena. Vazamento de informações sobre a delação provocou a suspensão, diz PGR.

G1/PCS

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A Procuradoria Geral da República informou nesta segunda-feira (22) que suspendeu as tratativas para um acordo de delação premiada com o empresário José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS.

O empresário já tinha assinado um termo de confidencialidade, que é a fase inicial da delação, mas ainda não havia firmado o acordo.

Ele já foi condenado pela Justiça Federal, em primeira instância, a 16 anos e quatro meses de prisão acusado de cometer os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a Procuradoria, o vazamento de informações sobre a delação provocou a suspensão da negociação.

A suspensão das tratativas foi noticiada pelo jornal "O Globo" e confirmada pela assessoria de imprensa da PGR. De acordo com a publicação, as tratativas para a delação começaram em março.

A suspensão das negociações não significa que o acordo não possa ocorrer. Mas investigadores ligados ao caso consideram difícil que a delação de Léo Pinheiro seja concluída, já que um dos critérios para o acordo era a confidencialidade das informações.

Mensagens

Em janeiro, o G1 e a TV Globo tiveram acesso a mensagens de celular trocadas entre Léo Pinheiro e diversos interlocutores, que mostravam que a rede de contatos do executivo abrangia integrantes dos três poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário.

As mensagens estavam em celulares apreendidos pela Polícia Federal e fazem parte das investigações da Lava Jato.

Entre as centenas de mensagens obtidas pela Polícia Federal após a prisão e apreensão dos celulares de Pinheiro, há contatos diretos do empreiteiro com autoridades e referências a políticos em mensagens trocadas com outras pessoas.

Na troca de mensagens, políticos chegam a cobrar o repasse de recursos que teriam sido prometidos pelo ex-presidente da OAS.

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