FOLHAPRESS/AB
ImprimirO presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, negou nesta sexta-feira (8) um habeas corpus pedido pela defesa de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira que leva seu sobrenome.
O ministro justificou sua decisão com base no parecer da Procuradoria-geral da República, que sustenta que há risco de, uma vez fora da cadeia, o empresário volte a interferir no processo judicial.
"[A Procuradoria] salienta, que o paciente, solto, continuaria a obstruir a instrução a instrução processual, segundo consta, ainda não encerrada", diz Lewandowski, em seu parecer.
Embora o relator dos processos da Operação Lava Jato seja o ministro Teori Zavascki, cabe ao presidente do Supremo despachar as demandas da corte durante o recesso do Judiciário, que termina em fevereiro.
Preso preventivamente desde julho do ano passado, acusado de ser um dos mentores do esquema de corrupção na Petrobras, Odebrecht vem pleiteando a liberdade em todas as instâncias.
O próprio STF, em decisão assinada por Teori Zavascki, no final de outubro, já havia negado o pedido da defesa para que Odebrecht deixasse a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde está preso.