Brasil
26/01/2014 10:26:52
Rio e São Paulo têm protesto contra a Copa do Mundo
Convocados através das redes sociais, milhares de manifestantes fizeram, no Rio e em São Paulo, protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil
Jornal do Brasil/AB
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Convocados\n através das redes sociais, milhares de manifestantes fizeram, no Rio e \n em São Paulo, protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. \n Intitulado "Não vai ter Copa", o protesto também foi convocado no \n Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, entre outros estados. \n No Rio, o protesto acontece na orla de Copacabana. Centenas de \n manifestantes se reuniram em frente ao Hotel Copacabana Palace, na \n Avenida Atlântica, Zona Sul do Rio. A manifestação mobilizou cerca de 5 \n mil pessoas no Facebook. \n Os manifestantes carregam cartazes com frases como "Copa pra quem?" e \n "Roubaram minha educação! Acabou o amor", e também gritam palavras de \n ordem contra o governador Sérgio Cabral. A polícia está no local mas, \n até o momento, não há registro de conflitos. Um grupo angariava \n assinaturas contra um projeto de lei que pretende proibir protestos \n durante o Mundial. \n Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a Avenida Atlântica está \n interditada na altura do Copacabana Palace, no sentido Ipanema. O desvio\n está sendo feito pela Rua Barata Ribeiro. A Avenida Princesa Isabel, na\n altura da Rua Barata Ribeiro, sentido Avenida Atlântica também está \n interditada. \n Conflitos em São Paulo\n Na página do Facebook, o evento descreve os principais objetivos do \n protesto, o intuito dos protestos contra a Copa 2014 é lutar pelos \n interesses do povo e de qualquer pessoa que deseje um país mais justo e \n menos desigual. Instruir o povo, cada vez mais, a uma democracia de \n verdade, participativa, cujo mesmo também governa, e não onde é \n governado por supostos representantes. \n A passeata em São Paulo, que iniciou pacífica, acabou em conflito com a \n Polícia Militar por volta das 20h deste sábado. Convocados pelas redes \n sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do \n Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento \n esportivo no Brasil. Quando a marcha chegou próximo ao Theatro \n Municipal, uma parte desse grupo atacou a sede da Companhia de \n Engenharia de Tráfego (CET) e uma lanchonete do McDonald´s, na rua Barão\n de Itapetiniga. \n As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando. A PM se\n postou em linha na frente do teatro e os manifestantes começaram a \n jogar pedras e outros objetos contra os policiais, que não revidaram. \n Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um \n carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo. \n Na Rua Augusta, uma agência do Santander, uma concessionária da Fiat e \n um ônibus foram depredados. No local, há pouco policiamento. \n Desde as 15h30, cerca de 600 pessoas se reuniam sob a bandeira de que \n "Não vai ter Copa". O policiamento está sendo reforçado na Avenida \n Paulista em preparação para o protesto. A marcha começou pouco antes das\n 18h. Por volta das 19h30, o grupo, que já tinha mais de 1,5 mil \n pessoas, chegou à prefeitura de São Paulo. \n A pista da Avenida Paulista no sentido da Rua da Consolação está \n interditada desde por volta das 17h. O trânsito em todas as quatro \n faixas foi interrompido para permitir a caminhada dos manifestantes. No \n sentido Paraíso, o tráfego segue liberado para os veículos. A entrada de\n estações de metrô na região continua aberta, porém com segurança \n reforçada.? \n Por volta das 16h30, foi lido um manifesto para a Polícia Militar, que \n acompanha o protesto. No manifesto, os representantes afirmam que "o \n Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014, mas essa não foi uma vitória \n para o desenvolvimento brasileiro, e sim uma derrota para os direitos da\n população". Eles relembraram os protestos da população no ano passado \n para destacar o que consideram uma insatisfação da população com os \n gastos do evento esportivo no País. \n "O levante de junho de 2013 mostrou claramente o que os brasileiros já \n perceberam: os gastos milionários na construção de estádios não melhoram\n a vida da população, apenas retiram investimentos dos direitos sociais.\n Junho de 2013 foi só o começo, e os movimentos coletivos indignados que\n querem transformar a realidade afirmam, através dessas diversas lutas, \n que sem a consolidação dos direitos sociais (saúde, educação, moradia e \n transporte), não há possibilidade de o povo brasileiro admitir \n megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", garantiram os \n manifestantes.
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