Sábado, 7 de Junho de 2025
Brasil
13/02/2014 07:00:45
Um mês após tromba dágua que deixou 25 mortos, Itaoca ainda aguarda ajuda
Um mês após o temporal que destruiu parte da cidade de Itaoca, no interior de São Paulo, deixando 25 mortos, 2 desaparecidos e mais de 300 desabrigados, o município ainda espera ajuda para se recuperar.

Estadão/PCS

Imprimir
Um mês após o temporal que destruiu parte da cidade de Itaoca, no interior\n de São Paulo, deixando 25 mortos, 2 desaparecidos e mais de 300 desabrigados, o\n município ainda espera ajuda para se recuperar. \n \n Das 12 pontes que caíram, o governo estadual prometeu reconstruir as duas\n maiores, sobre o Rio Palmital, mas a obra ainda está na fase de projetos. A\n sondagem de solo, passo inicial para a execução, será feita na próxima semana. \n \n A construção de pontes provisórias, solicitada ao Exército, não foi aprovada\n por falta de contingente. Com a falta das pontes, alguns bairros continuam\n isolados e os moradores se arriscam sobre pinguelas improvisadas.\n \n De acordo com o secretário de Agropecuária, Eli Rodrigues Fortes, alunos da\n zona rural estão sem aula por falta de transporte. "Muitos caminham quatro\n quilômetros para chegar até onde entra a condução", disse. No bairro\n Lajeado, moradores usam a pinguela ou cruzam o rio com água até a cintura. O\n bairro Guarda Mão, com 22 famílias, foi interditado pela Defesa Civil, mas os\n moradores não têm para onde ir.\n \n "Eles passam o dia em suas casas e à noite, por segurança, vão dormir\n em casas de parentes", relata Fortes. As 90 casas prometidas pelo governo\n estadual ainda vão demorar, segundo o prefeito Rafael Camargo (PSD).\n "Mesmo numa situação de calamidade é impossível evitar a burocracia",\n disse.\n \n A prefeitura já gastou R$ 2,4 milhões na limpeza e recuperação da\n infraestrutura urbana e ainda aguarda o repasse dessa verba pelo governo\n federal. Pelo menos cinco famílias que perderam as casas continuam abrigadas no\n Salão Comunitário municipal. Cerca de cem casas danificadas aguardam reparos. O\n prefeito pediu moradias ao programa Minha Casa Minha Vida, mas o processo é\n demorado. "Além de passar pela aprovação de vários órgãos, ainda temos de\n dar o terreno já com a infraestrutura", explicou Camargo. Ele já foi\n várias vezes a São Paulo e Brasília.\n \n Destruição. O fenômeno que atingiu a cidade entre a noite do dia 12 e a\n madrugada do dia 13 de janeiro foi considerado uma tromba d”água. A massa\n líquida escorreu pelas encostas da serra e desceu como uma onda pelo Rio\n Palmital, arrastando pedras, troncos e lama sobre a cidade. Árvores imensas\n foram quebradas ou arrancadas com a raiz. Pedras do tamanho de uma casa rolaram\n como seixos. A cidade, de 3.219 habitantes, está em estado de calamidade\n pública, reconhecido pela Defesa Civil pelo prazo de 180 dias.\n \n Parentes dos mortos se encontram no pequeno cemitério, onde a maioria das\n vítimas foi enterrada. As duas pessoas não encontradas foram dadas como mortas.\n Na região central, pelo menos vinte estabelecimentos comerciais afetados pelas\n águas não voltaram a abrir.\n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias