G1/PCS
ImprimirO velório das cinzas da família assassinada em Pioz, na Espanha, começou na manhã desta quinta-feira (12) em um cemitério de João Pessoa. As quatro urnas estão guardadas dentro do mesmo caixão e o velório acontece no Cemitério Parque das Acácias, no bairro do José Américo. Apesar de ser aberto ao público, pouca gente compareceu no local na abertura do velório.
As urnas com as cinzas da família chegaram em João Pessoa no início da tarde da terça-feira (10), quase quatro meses após os quatro corpos terem sido encontrados mortos em um chalé na Espanha, mas só foram liberadas para a família na manhã desta quarta-feira (11).
George Américo, irmão de uma das vítimas, Janaína, disse o velório marca uma página que a família precisa virar. "É o fechamento de um ciclo e abertura de um próximo", avalia, fazendo menção ao processo dos dois suspeitos de envolvimento com o crime. Já a irmã de Marcos, marido de Janaína e que também morreu na chacina, Jaqueline Campos Nogueira, avalia que “a ficha só caiu” com a chegada das cinzas no Brasil. “Confesso que está sendo o momento mais difícil. Enquanto estavam lá na Espanha, vivíamos como se fosse um pesadelo”, explica.
O enterro das urnas está programado para acontecer às 16h (horário local) no mesmo cemitério. Na noite de quarta-feira (11), a família participou de uma missa na igreja São Gonçalo, no bairro da Torre, em João Pessoa.
O velório e o sepultamento dos restos mortais da família está marcada para ter início na manhã desta quinta-feira (12) no cemitério Parque das Acácias, no bairro do José Américo, em João Pessoa.
Momento de dor "Esse momento é de muita dor, de muita tristeza pra gente. A gente não esperava que na nossa família sucedesse uma coisa tão terrível. Eles foram inteiros e estão voltando as cinzas", disse emocionado Walfran, ainda no aeroporto onde pousou o avião que transportou as cinzas. "Uma coisa dessa destruir uma família inteira, não é fácil não", disse a irmã de Marcos, Ana Nogueira.
Já o irmão de Janaína, George Américo, desabafou que é difícil para a família acompanhar o andamento da investigação na Espanha, especialmente por conta da língua e dos termos locais. Para eles, a dor só vai ser amenizada "quando a justiça na Espanha for feita".
Questionados sobre como estão lidando com a perda, George diz que a religião tem ajudado muito a manter a esperança. "A vida de todos nós está acabada, mas vamos tentar retomar agora", disse.