Os 165 macacos que vivem no Zoológico de São Paulo começaram a ser transferidos para áreas com telas para evitar ao máximo qualquer contato com o mosquito que transmite a febre amarela silvestre após um animal ter sido encontrado morto devido à doença no local.

Com a confirmação da morte de um macaco contaminado na área, quatro novos distritos da capital paulista foram incluídos na campanha de vacinação fracionada que começa nesta quinta-feira (25): Jabaquara, Cidade Ademar, Cursino e Sacomã.

O governo do estado diz que o animal morreu no último dia 10 e que não pertencia ao parque.

Segundo especialistas, os macacos não podem ser vacinados. “A vacina que a gente tem é para humano, ela é sintetizada e é pra ser utilizada em humano. Em primatas, essa vacina pode gerar efeito inverso, inclusive gerar vários efeitos adversos, inclusive o óbito”, explica um veterinário.

O Zoológico e outros três parques da região - Zoo Safari, Jardim Botânico e Cientec - não recebem mais visitantes por prevenção à doença. Agora, pelo novo planejamento do governo estadual, quem mora na região será vacinado.

Na primeira fase, somente os inscritos no Programa Saúde da Família vão receber senhas para a dose fracionada da vacina. Para quem não está cadastrado, a orientação é procurar uma UBS com o comprovante de residência para provar que mora na área de abrangência da campanha.

“Tem que esperar o agente comunitário levar a senha na casa dela”, indica o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara. “As outras unidades não vão aplicar a vacina, vão estar fechadas. Todas elas a não ser as 17 dos viajantes [que podem receber a vacina apresentando a passagem como comprovante]”.