Cidades
02/05/2012 11:57:03
Índios sofrem com atendimento médico precário em aldeia de Dourados
O MPF/MS (Ministério Público Federal) revela que 189 indígenas da aldeia Passo Piraju, a 25 quilômetros de Dourados, sofre com atendimento médico precário, realizado embaixo de árvore.
CGNews/PCS
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\n \n O MPF/MS (Ministério Público Federal) revela que 189 indígenas da aldeia\n Passo Piraju, a 25\n quilômetros de Dourados, sofre com atendimento médico\n precário, realizado embaixo de árvore.\n \n Procedimentos como consultas, fornecimento de remédio, medição de temperatura,\n aferição de pressão arterial e extração de dentes são feitas sem condições\n adequadas de higiene e em instalações impróprias, ao ar livre.\n \n Segundo informações do MPF, em 2010, o posto de saúde era nas sombras de\n um pé de maracujá; em 2011, mudou para debaixo de uma moita de taquara.\n \n Passados mais de oito anos da ocupação e permanência da comunidade no local,\n a aldeia ainda não tem posto de saúde e a justificativa dada pelos órgãos\n públicos é a ausência de demarcação, motivo que não pode ser justificativa para\n o entrave. A desculpa é irregular, informa o órgão.\n \n Por conta do caso, o MPF ingressou com ação civil pública, em que destaca\n que a comunidade recebe visita de agente de saúde a cada 15 dias, mesmo com a\n existência de pacientes que necessitem de acompanhamento médico regular. São\n pelo menos 11 crianças em risco de desnutrição, segundo consta.\n \n Esses fatos têm resultado em gravosos danos à população indígena não\n atendida, pois, privada desses serviços básicos, ela se torna mais suscetível\n às patologias e agravos à saúde, causas de tantas mortes, diz o procurador da\n República Marco Antônio Delfino de Almeida.\n \n Além das deficiências no acesso aos serviços de saúde, a aldeia também\n convive com a ausência de energia elétrica, o que gera mau armazenamento de\n alimentos e implica no registro de casos de diarréia na comunidade.\n \n Segundo o MPF, em ação protocolada na Justiça Federal de Dourados, a\n instalação de rede de energia elétrica foi solicitada, mas a exemplo das\n melhorias na saúde, esbarra na ausência da demarcação.\n \n Desta forma, a ação protocolada pelo órgão, com pedido de liminar, cobra da\n União a construção de um posto de saúde e instalação de rede de energia\n elétrica na aldeia num prazo de 90 dias sob pena de multa de R$ 545 por cada\n família indígena da comunidade.
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