Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024
Cidades
25/02/2012 07:44:19
Acordo judicial tenta resolver a precaridade da saúde pública em Corumbá
Verificaram-se alguns problemas de acessibilidade. Há ruas sem calçamento ou com defeito, degraus na entrada de unidades e banheiros que não são adaptados.

Corrreio do Estado/AQ

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\n \t Péssimo estado de conservação, equipamentos quebrados, descumprimento da jornada de trabalho, falta de materiais e medicamentos, armazenamento inadequado de produtos, obras inacabadas que dificultam o atendimento. Irregularidades como essas são frequentes nas Unidades Básicas de Saúde de Corumbá. \t Para resolver definitivamente a questão, o Ministério Público Federal propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com base em diversas inspeções realizadas em 2010 e 2011. O Município, a Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde assinaram o termo e se comprometeram a tomar providências para melhorar as condições de atendimento à população. \t Em 2009, o MPF já havia proposto um outro TAC, que a Prefeitura recusou-se a assinar. Foram ajuizadas, então, duas ações civis públicas em agosto do mesmo ano. Após isso, o MPF constatou algumas melhorias, mas não o suficiente para sanar os problemas das unidades de saúde.nbsp; \t Irregularidades \t Na última inspeção realizada pelo MPF foram visitados 11 postos de saúde, tanto urbanos como rurais, e em alguns deles o estado de conservação ainda era alarmante. Os pacientes são atendidos em prédios com dimensões e condições inadequadas e mal conservados. Em algumas unidades não há salas específicas para vacinação. Há falta generalizada de ventilador ou ar condicionado. Permanece o descumprimento da jornada de trabalho por parte dos profissionais da saúde, especialmente os médicos. \t Verificaram-se inclusive alguns problemas de acessibilidade. Há ruas sem calçamento ou com defeito, degraus na entrada de unidades e banheiros que não são adaptados.nbsp; \t Os prédios que estavam em reforma também trouxeram transtornos aos pacientes, que necessitavam buscar unidades distantes para serem atendidos, por período muito superior ao inicialmente previsto, em virtude do grande atraso na conclusão de algumas obras. \t Faltavam medicamentos, seringas, lençóis, materiais de limpeza e de proteção aos funcionários. Os que estavam em estoque muitas vezes eram mal armazenados em banheiros ou em locais inapropriados. \t Além disso, não há ainda um controle efetivo de frequência dos profissionais da saúde. Sem fiscalização, a jornada de trabalho acaba não sendo cumprida. Na maioria dos postos faltavam médicos para atender a população. \t Em unidades em assentamentos rurais de Corumbá, cargos de agentes comunitários de saúde estão vagos há mais de dois anos e faltam medicamentos básicos como analgésicos.\n
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