Correio do Estado/AB
ImprimirGreve que era ameaçada desde o dia 7 do mês passado, caso o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul não se manifestasse sobre pedidos de melhorias, foi iniciada por agentes penitenciários, na manhã de hoje (2).
De acordo com informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinsap), o governador Reinaldo Azambuja prometeu se posicionar até o fim da manhã e, caso não haja o retorno, a classe de trabalhadores promete continuar de braços cruzados. Se positivo, a categoria deve se reunir para tomada de decisão às 14h30min.
Na semana passada, atividades desenvolvidas em unidades prisionais do Estado, como na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, estavam parcialmente paralisadas. Apenas, serviços considerados indispensáveis como alimentação, acompanhamentos médicos e jurídicos foram desempenhados.
ATENTADOS
A reclamação da classe de trabalhadores surgiu depois de seis agente penitenciários terem sido intoxicados por presos da Máxima, no dia 20 do mês passado. A suspeita é que detentos tenham colocado entorpecente ou medicamento controlado na garrafa de café dos servidores.
Dias antes, ônibus foram alvos de ataques de incendiários e motorista ameaçado de morte. As ações criminosas teriam sido comandadas por integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), em represália a treinamentos que agentes intensificaram nas unidades prisionais. Inclusive, com uso de arma de fogo. Pelo menos, 12 pessoas entre menores de idades e maiores foram detidas por envolvimentos nos ataques.