CGN/LD
ImprimirNa manhã de hoje (11), a secretária estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, afirmou que o governo pretende compor com um valor maior o benefício social pago às mulheres que sofreram violência doméstica e buscaram um abrigo público para se manterem longe do agressor e se reerguerem.
"Hoje elas saem somente com os R$ 450 do [programa] Mais Social. A partir de outubro, elas sairão numa outra condição. Estamos estudando um tipo de transferência de renda para que elas possam recomeçar a sua vida", disse a secretária.
A declaração foi feita durante a visita da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a Campo Grande. Ela ficará na Capital até sábado (13), para falar sobre a construção de duas novas unidades da Casa da Mulher Brasileira em Corumbá e em Dourados, além de participar de audiência pública e seminários.
A Casa Abrigo mantida pelo governo estadual está localizada em Campo Grande e serve de moradia provisória para vítimas de todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Podem ficar nela mulheres que registraram boletim de ocorrência por violência doméstica e, após análise de risco, forem encaminhadas ao local.
Em Ponta Porã - Ainda nesta manhã, a ministra afirmou que quer discutir a possível criação de uma quarta Casa da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul. A nova unidade poderá ser construída na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã.
Campo Grande foi a primeira cidade a ter uma Casa da Mulher Brasileira no Brasil. Segundo a ministra, os recursos já estão na conta do governo estadual para a construção da segunda e a terceira no Estado.
"Agora é fazer as tratativas da licitação, da organização da Casa. Quando estiver decretado qual a empresa [irá construir], elas ficarão prontas entre nove e 12 meses. Portanto, devem ficar prontas entre o final de 2025 e o início de 2016", afirmou.
Segundo a agenda divulgada à imprensa, o encontro entre a ministra e Eduardo Riedel está marcado para hoje à tarde.
Carta - A ministra recebeu, ainda, uma carta assinada pelos presidentes dos Conselhos da Criança e do Adolescente, da Pessoa Idosa, da Segurança Alimentar e Nutricional e dos Direitos da Mulher de Mato Grosso do Sul.
No documento, as entidades confirmam adesão à campanha "Brasil sem Misoginia" e se comprometem a "enfrentar a misoginia, como forma de combater o ódio e todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres; divulgar as ações de prevenção ao feminicídio, violência doméstica e violência sexual; propor ações que reprimam a violência on-line contra as mulheres e responsabilizem seus praticantes; apoiar as mulheres em espaços de poder e de decisão na sociedade; e defender iniciativas que promovam um ambiente de trabalho livre de discriminações para as mulheres".