Midiamax/AB
ImprimirA Agência Nacional de Transporte e Terrestre (ANTT) atendeu o pedido da Prefeitura de Campo Grande e determinou a criação de pelo menos oito intervenções viárias, necessárias para garantir a travessia ao longo dos 30 quilômetros do macroanel rodoviário, após a duplicação da BR-163.
Estudos técnicos feitos pelo Instituto Municipal de Planejamento (Planurb), que sustentam a necessidade de obras de travessia, sejam mergulhões, viadutos, novas alças de acesso ou mesmo passarelas, servirão como base para a definições dos pontos de acesso.
No projeto preliminar de duplicação do macroanel, a CCR MS Via previa apenas quatro pontos de travessia na zona urbana. Avaliando o risco de isolamento de bairros na saída para Três Lagoas, que concentram 150 mil habitantes, destacados em reportagem do Jornal Midiamax, a Prefeitura entrou com pedido de pelo menos 10 pontos. Ao final da discussão, oito pontos foram assegurados pela ANTT.
A reunião desta quarta-feira teve a participação de 20 prefeitos das cidades impactadas com a duplicação da BR-163; do presidente da Câmara de Campo Grande, Mário Cesar (PMDB); de integrantes da bancada federal e do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, além do presidente da concessionária, Mauricio Negrão.
Diante da conquista das novas travessias, o Prefeito Gilmar Olarte destaca que o importante agora é elaborar estudos e projetos com detalhamento sobre o fluxo atual e a demanda potencial de crescimento do tráfego nos próximos anos em cada um dos 10 trechos onde o município propõe travessias.
Indefinido
O diretor do Planurb, Marcos Cristaldo, acredita que os estudos técnicos mais detalhados vão convencer a ANTT e a própria concessionária sobre a necessidade de duas intervenções sobre as quais a concessionária ainda resiste: a necessidade de uma travessia (mergulhão ou viaduto) na altura da confluência com a Avenida Ana Rosa Castilho e a abertura de uma pista marginal ao longo de todo o trajeto do macroanel. A CCR Via MS, aceita abrir um trecho de 5 quilômetros, entre o o viaduto sobre a BR-262 e a entrada do campus da Uniderp.
A intervenção viária na Avenida Ana Rosa Casitlho,via de ligação com a Avenida Cônsul Assaf Trad, se justificaria, segundo a Planurb, porque esta rua servirá de acesso a uma região na margem direita do anel, no sentido Cuiabá, onde hoje há um vazio urbano, mas estão encaminhados pelo menos 120 pedidos de GDU para novos empreendimentos. “Sem esta intervenção, a travessia mais próxima ficará a 5 quilômetros dali”, observa, Cristaldo.
Intervenções confirmadas
Entre as intervenções não contempladas na primeira versão do projeto e que passaram a ser abrangidas no planejamento das obras, estão a construção de um mergulhão ou viaduto no acesso ao campus da Uniderp Agrárias; um mergulhão em frente ao Shopping dos Ipês (o tráfego urbano será feito por cima); viaduto para garantir acesso ao braço norte do anel que está em construção (entre as saídas de Rochedo e Cuiabá); alças de acessos as Moreninhas na altura do Polo Empresarial Vilmar Lewandowski; à Rua Darwin Dolabani, região do Jardim Itamaracá, onde há grande concentração de oficinas às margens do macroanel; e na entrada para o Aeroporto Santa Maria. Outras intervenções previstas serão na rotatória localizada no final do anel da saída para São Paulo, no acesso a MS-040 e no viaduto sobre a confluência com a BR-262.