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ImprimirNa última quinta-feira (04), um voo da Avianca teve que retornar ao aeroporto de Campo Grande logo após decolar. O motivo? Uma colisão com um pássaro. Os passageiros, que rumavam para Brasília para assistir ao jogo da Seleção Brasileira de Futebol ficaram irritados, mas esse tipo de incidente é mais comum do que se pensa.
Segundo o último relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos), Campo Grande é a segunda capital com mais colisões entre aviões e animais. Sim, animais porque não se trata apenas de pássaros -- embora sejam eles os que mais se acidentam. Na lista, entram mamíferos alados, como os morcegos, e até os mais inusitados, como cachorros e capivaras.
As aves representaram 1495 das colisões em 2014, enquanto outras espécies registraram 65 infortúnios. Segundo o órgão, as espécies que oferecem consequências mais sérias aos voos são os urubus, albatrozes, patos, marrecos e gansos.
Navegantes, em Santa Catarina, lidera o ranking, com 15% de ocorrências a cada 10 mil voos em 2014, data do último relatório. Campo Grande vem logo em seguida, com 10,5%. No site do Cenipa, que mostra todos os registros de incidentes do tipo, há 73 registros de janeiro à agosto deste anos, mas o de ontem ainda não foi parar nas estatísticas.
Procurada pela reportagem, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) informou por meio de sua assessoria que toma medidas para o controle da fauna, como o uso de fogos de artifício para espantar os bichos, treinamento de falcões e cachorros que intimidam outras espécies e armadilhas, mas não soube informar qual desses é feito em Campo Grande. Os animais capturados são enviados ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Um dos principais fatores que atrai os bichos para as pistas de pouso e decolagem é o acúmulo de lixo nas redondezas. Recentemente, a Infraero realizou uma operação nos arredores do aeroporto da capital para combater lixões irregulares nas proximidades.