\n \n Altos\n índices de homicídios e investigações a fim de encontrar suspeitos de crimes\n foram situações que Vicentina, a 255 quilômetros de\n Campo Grande, não vivenciou durante 4 anos. De janeiro de 2009 até março de 2013, a cidade não\n registrou nenhum caso de homicídio, segundo os dados do Mapa da Violência\n divulgado nesta semana pelo Cebela (Centro Brasileiro de Estudos\n Latino-Americanos).\n \n Com\n 5,9 mil habitantes em 2011, durante alguns anos, a cidade foi destino de\n trabalhadores do setor da cana. As usinas da região trouxeram imigrantes para a\n cidade e os índices de violência não eram surpreendentes como os registrados no\n levantamento.\n \n “Diante\n dessa situação, nossa primeira ação foi fazer um trabalho de triagem desses\n trabalhadores. Conseguimos diminuir a criminalidade a partir de 2009 e mantemos\n isso até agora”, explica o delegado João Francisco Silgueiros, que atua na\n Delegacia de Polícia da cidade há 5 anos.\n \n O\n acompanhamento dos trabalhadores das usinas e o reforço no policiamento na\n cidade, no entanto, não foi a principal estratégia que deu certo para zerar as\n estatísticas de homicídios na cidade. Silgueiros explica que a mudança de\n horário de funcionamento dos bares da cidade foi a ação que deu certo e pode\n ser copiada por outros municípios.\n \n “Em\n um trabalho conjunto entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, nós fixamos\n limites de horários para funcionamento dos bares. Todos aqueles que não vendem\n lanches, só podem ficar abertos até às 22 horas”, afirma o delegado.\n \n A\n mudança foi proposta porque a bebida sempre foi a causa de desentendimentos que\n acabavam em mortes na cidade. “O álcool é o grande causador da maioria dos\n crimes que nós registrávamos aqui em Vicentina, depois disso nós conseguimos\n zerar os índices de homicídios”, conta Silgueiros.\n \n Após\n quatro anos de calmaria, o primeiro homicídio registrado na cidade foi no dia 5\n de março deste ano. Segundo o delegado, o autor da morte foi preso em flagrante\n e o caso repassado para a Justiça.\n \n Números – Outra cidade que também não registrou nenhum homicídio entre 2009 e\n 2011 é Jateí, a 292\n quilômetros de Campo Grande. Outro município com baixos\n índices é Novo Horizonte do Sul, a 329 quilômetros da\n Capital. Em 2011 e 2009 não houve registros de mortes, a última ocorreu em 2010.\n \n \n \n \n