Correio do Estado/AB
ImprimirAlém da grávida de 21 anos que vive em Anhanduí, distrito de Campo Grande, outras duas pessoas que moram na Capital tiveram o zika vírus confirmado por exames. No mês de dezembro, foi uma média de 21 novos casos suspeitos por dia na cidade. Durante todo o ano passado, a Capital também registrou mais de 13,8 mil notificações da dengue e três pessoas morreram em decorrência da doença.
Os números assustam, das mais de 13,8 mil notificações de dengue, 4.013 mil casos foram confirmados, oito deles eram do tipo grave da doença.
Em relação ao zika vírus, doença que tem ligação com a microcefalia em bebês, foram 677 notificações em dois meses. Só no mês de dezembro foram 641 casos, três deles foram confirmados. Até ontem, o mês de janeiro já contava com oito notificações da doença.
A febre chikungunya também foi registrada em Campo Grande, foram 163 notificações, no entanto, em razão do atraso em laboratórios de fora do Estado, nenhum caso foi confirmado. Neste mês, foram dois casos de chikungunya notificados.
AÇÕES
Para o secretário de saúde da Capital, Ivandro Corrêa, o aumento de atendimentos e a superlotação de muitas unidades, no ano passado, ocorreram pela alteração na escala de médicos e o aumentos de casos .
De agosto a dezembro, passaram 165 mil pessoas pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital. A mais procurada foi a da Vila Almeida, com 55% dos casos. As tendas do exército montadas ao lado da UPA da Vila Almeida e do bairro Universitário, atenderam 1.164 mil pessoas.
A partir de hoje, duas equipes móveis de reforço com 4 clínicos gerais começam a rodar as unidades de saúde que estiverem lotadas, o monitoramento é feito por câmeras.
A partir de segunda-feira, vai iniciar o programa 3º turno em 6 unidades básicas da Capital. Os postos que atenderão das 7h às 21h são dos bairros: Coronel Antonino, Coophavilla 2, Albino Coimbra, Tiradentes, Aero Rancho e Guanandi.
O controle dos focos do mosquito nas ruas continua. De janeiro a março, Alcides Ferreira, coordenador de controle de endemias da Capital, estima que devem ser visitados 74 bairros. Média de casas para abertura com alvará é de seis casas por dia.
NOVA LEI
Nesta sexta-feira, o Governo do Estado publicou nova lei que define estado de alerta em saúde para Mato Grosso do Sul por conta do Aedes Aegypti e também regulariza multas para quem desobedecer as regras.
Com a regra, qualquer morador do Estado que desobedecer o que determina a lei estará cometendo uma infração. Em caso de focos do mosquito encontrados em imóveis, quem responderão serão os proprietários ou os locatários, em caso de imóvel alugado.
Limpeza de piscinas e terrenos baldios também é detalhada na lei. São várias classificações para as multas, que podem chegar até 200 UFERMS, atualmente o valor equivale a R$ 4,5 mil.
Clique aqui e confira todos os detalhes da nova lei.