\n \n A\n Fundação Nacional do Índio (Funai) instituiu esta semana um grupo técnico para\n realizar os estudos complementares necessários à identificação e delimitação da\n Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá, em Mato Grosso do Sul. O processo de\n demarcação da área começou em junho de 2008, mas tem sido interrompido por\n sucessivas decisões judiciais em ações movidas por produtores rurais da região\n e forças políticas municipais e estaduais.\n \n Segundo\n a portaria publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (20), o\n levantamento fundiário e cartorial abrangerá sete cidades do estado: Dourados,\n Fátima do Sul, Amambai, Juti, Vicentina, Naviraí e Laguna Carapã.\n \n Em\n AmambaI está instalada a comunidade guarani kaiowá do Tekoha (território\n sagrado) Guaiviry, onde, em novembro de 2011, o cacique Nísio Gomes foi morto\n por pistoleiros que invadiram o acampamento indígena. Em novembro do ano\n passado, o Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul denunciou 19\n pessoas pelo homicídio, entre elas fazendeiros, advogados, um secretário\n municipal, além de proprietários e funcionários de uma empresa de segurança\n privada. A denúncia foi acatada pela Justiça.\n \n Os\n cinco integrantes do grupo técnico terão 45 dias para apresentar suas\n conclusões sobre a situação da Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá, que,\n conforme aponta a própria portaria, é uma área de ocupação tradicional dos\n índios guarani kaiowá. A conclusão do estudo de identificação e delimitação é\n classificada como prioritária pela Funai.\n \n \n \n \n