Atraso no cronograma de obras de 21 Ceinfs (Centros de Educação\n Infantil) deixou Campo Grande um mês sem repasse de recursos à Semed (Secretaria\n Municipal de Educação). O Governo Federal viu as irregularidades, bloqueou as\n contas e só com documentos e muitas explicações da atual administração liberou,\n nesta segunda-feira (19), o dinheiro.\n \n Responsável pela Coordenadoria de Planejamento e Avaliação\n da Semed, Fernanda Duarte explicou que todas as prefeituras precisam obedecer\n um cronograma de obras, estipulado e fiscalizado pelo FNDE (Fundo Nacional de\n Desenvolvimento da Educação).\n \n “No ano passado, o FNDE detectou atrasos nos pagamentos,\n considerou o andamento da construção dos 21 Ceinfs muito leito e, há um mês,\n cancelou o repasse de recursos”, disse Fernanda. “Hoje, o governo desbloqueou o\n sistema e tudo voltou ao normal”, completou.\n \n Indagada sobre os prejuízos da falta de repasse dos recursos\n no período, ela garantiu que a área da educação não precisou parar. “Já foram\n viabilizadas suplementações orçamentárias para cobrir as despesas”, explicou\n Fernanda, sem dar detalhes dos valores dos contratos.\n \n Ela, porém admitiu que o descumprimento do calendário de\n obras naturalmente “atrasa a entrega das obras”. Hoje, famílias aguardam em\n filas por um lugar nos Ceinfs e o déficit, estimado na última campanha\n eleitoral, era de 10 mil vagas.\n \n O prefeito Gilmar Olarte (PP) também admitiu prejuízos à\n cidade. “Todo tipo de travamento de recurso traz algum prejuízo, geralmente,\n suportados pelo tesouro da prefeitura”, minimizou. “Vamos correr atrás de\n recuperar o tempo perdido”, finalizou.\n \n Procurado pela reportagem, o ex-prefeito Alcides Bernal (PP)\n não retornou às ligações até a publicação da matéria.\n \n \n