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ImprimirConfirmando as previsões anunciadas desde o início do segundo semestre de 2015, o El Niño, fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios na região equatorial, é o mais forte dos últimos 50 anos.
Em Mato Grosso do Sul, a prova dessa força vem sendo observada, desde o final de novembro, nas cidades do sul do Estado, que vem sendo castigadas pelo excesso de chuva, já que a principal característica do fenômeno é a capacidade de afetar o clima mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.
Segundo a meteorologista Cátia Braga, do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), o cenário de chuva excessiva irá continuar por todo o verão, cessando apenas no final do primeiro semestre de 2016, quando, de acordo com a meteorologista, entra em cena outro fenômeno meteorológico, o La Niña que, deverá ocasionar um inverno seco, com pouca chuva.
Cátia explica que esse fenômeno também deverá ser forte e, ao contrário do El Niño, é responsável por provocar grandes estiagens. Ele ocorre devido à diminuição da temperatura nas águas do Oceano Pacífico, ocasionada pelo aumento da força dos ventos alísios.
Quanto ao verão, a meteorologista diz que o El Niño, além do grande volume de chuvas entre janeiro e março, também irá provocar a elevação das temperaturas máximas, pelo menos até junho.
“Até o meio do ano será bem quente, com temperatura máxima na média de 30º”, diz. As cidades mais afetadas serão Corumbá, Porto Murtinho, Aquidauana e Miranda, que terão máximas na casa dos 38º, enquanto a Capital terá média de 34º.