O\n Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades na condução de nove\n obras já prontas ou ainda tocadas com dinheiro do governo federal em parceria\n com o governo de Mato Grosso do Sul, no período de 2010 para cá, conforme\n matéria publicada hoje (16), no jornal Correio\n do Estado. \n \n A corte\n determinou que os casos, entre eles licitações suspeitas e projetos mau feitos,\n sejam investigados. Nem a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III, obra da\n Petrobras, em Três Lagoas, orçada em quase R$ 4 bilhões, escapou da auditoria\n da corte.\n \n Exemplo\n emblemático de obra que, mesmo com dinheiro, não avança é o contorno\n ferroviário de Três Lagoas. A construção começou em 2010, parou dois anos\n depois, já por irregularidade, e ainda hoje não foi retomada.nbsp;Pelo\n contrato inicial, a ideia era a de implantar 12,37 km de linha férrea na cidade\n a um custo de R$ 32.628.439,25. \n \n Ocorre\n que, segundo a auditoria do TCU, o projeto do contorno foi tido como\n deficiente, e ainda houve “restrição à competitividade na\n licitação”.nbsp;Dormentes – travessas de trilhos – foram entregues quatro\n depois do combinado, segundo ação movida pelo Ministério Público Federal, que\n vê hoje a obra como “praticamente inservível”.\n \n Em abril,\n a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 2,3 milhões em bens dos\n envolvidos na construção do contorno, entre eles diretores do Departamento\n Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Agência Estadual de Gestão de\n Empreendimento de Mato Grosso do Sul (Agesul) e também do dono da CMT Engesa\n Ltda., contratada para executar a obra.