Com expectativa de movimentar R$ 250 milhões, a Expogrande começa nesta\n quinta-feira, mas ainda não tem licença ambiental da Semadur (Secretaria\n Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).\n \n De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande, os\n organizadores do evento apresentaram ontem, dia 23, o relatório simplificado.\n “O próximo passo será a apresentação, obrigatória, do projeto de destinação dos\n resíduos sólidos, de acústica e o Plano de Controle Ambiental”, informa a\n assessoria. A licença só será emitida se a documentação apresentada atender a legislação.\n \n Ainda conforme a assessoria, a Semadur irá fiscalizar o evento por\n determinação judicial. A feira agropecuária chega a 76ª edição e mais uma vez é\n protagonista de batalhas na Justiça. A questão central é a realização dos\n shows. O MPE (Ministério Público Estadual) pediu ao TJ/MS (Tribunal de Justiça)\n a interdição do parque Laucídio Coelho, local da feira, e o cancelamento da\n Expogrande.\n \n Quanto à licença ambiental, o presidente da Acrissul (Associação dos\n Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, afirma que protocolou todos\n os documentos e aguarda decisão da Prefeitura. Sobre o pedido de interdição,\n diz esperar bom-senso do Poder Judiciário.\n \n “Se entender que é preciso, espera a feira acabar e lacra o parque. Mas\n foram feitos 1.700 metros de esgoto lá dentro, derrubamos mais de 6 mil metros\n quadrados de pavilhão e estruturas velhas. Plantou grama esmeralda para\n absorver a chuva. A feira é tradição, patrimônio da cidade”, defende Maia.\n \n O presidente afirma que a Acrissul fez denúncia à Corregedoria do MPE sobre\n a conduta de promotores do Meio Ambiente. “Por que os outros lugares podem ter\n shows? Na Feira Central, a 200 metros da Santa Casa. No Parque das Nações, a\n 150 metros do Hospital Miguel Couto”, questiona.\n \n Na semana passada, o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e\n Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filhos, negou outro pedido do\n MPE para interditar o local. No entanto, o magistrado manteve a multa de R$ 200\n mil por dois eventos realizados no parque apesar de proibição judicial. Segundo\n Maia, a Acrissul não foi notificada da decisão.\n \n Em 2013, a feira, cuja realização foi permitida pela Justiça, movimentou R$\n 308 milhões, mas teve redução de 56% no público. Para 2014, a aposta da\n organização é no show de Jorge e Mateus, marcado para 30 de abril, véspera de\n feriado. A expectativa é reunir mais de 50 mil pessoas. A feira termina em 4 de\n maio.nbsp;\n \n nbsp;