CG News/AB
ImprimirDisputa entre grupos rivais nos bairros Parque Lageado, Dom Antônio e Parque do Sol eleva a criminalidade na região do Anhanduizinho, em Campo Grande. Segundo delegado Jairo Carlos Mendes, da 5ª Delegacia de Polícia, as gangues se confrontam constantemente por território. Esta guerra é a principal causa dos assassinatos, troca de tiros e da violência na região.
Ele explica que o tráfico é o principal motivador desta disputa. No último final de semana, dois crimes terminaram com cinco pessoas atingidas por tiros naquela região. João Paulo de Souza Marques, 22 anos, baleado no tórax, não resistiu aos ferimentos e morreu enquanto recebia atendimento em uma unidade de saúde na Coophavilla II.
“Os criminosos lutam por território de tráfico. Disputam a comercialização das drogas. Em outros casos, as gangues não permitem que um indivíduo que mora em outro bairro frequente ou, por exemplo, se envolva com alguma garota de sua área. O resultado é sempre trágico”, revela o delegado.
Ele lembra que a região que compreende os três bairros é pobre, e que a situação social vulnerável deixa as pessoas mais próximas do mundo do crime. “É uma realidade difícil a qual temos que lidar diariamente. Boa parte das pessoas que são vítimas de homicídio ou tentativas de homicídio, possuem algum envolvimento com o crime. Os casos são, em sua maioria, vingança ou acerto de contas”, relata.
Na noite de sexta-feira (19), dois homens em uma motocicleta passaram atirando e feriram quatro pessoas na Rua Adelaide Maria Figueiredo, no Parque do Lageado. O passageiro da moto avistou o grupo onde estava pelo menos seis alvos, e atirou contra eles, ferindo quatro. Duas vítimas foram levadas para a Santa Casa e outros duas para o Posto de Saúde do Aero Rancho.
Na madrugada de sábado para domingo, João Paulo foi encontrado ferido a tiros na região, chegou a ser socorrido, mas morreu. Segundo o delegado, ele era integrante de um grupo que agia na região e já tinha passagens pela polícia.
“Ele já foi preso por tentativa de homicídio”, esclareceu Jairo, lembrando que os homens do SIG (Serviço de Investigações Gerais) estão nas ruas tentando amenizar a situação. “Os investigadores fazem diligências tentando identificar traficantes e outros criminosos, e prendê-los, levando mais tranquilidade aos moradores da região”, disse.