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ImprimirO idoso Carlos Vicente de Almeida, 71 anos, morreu na terça-feira (15), na Santa Casa de Campo Grande, com sintomas de dengue hemorrágica. Ele ficou internado durante 20 dias no hospital - mas o caso só veio a público hoje (17) e e teria morrido por conta de uma infecção sanguínea desencadeada pela forma mais grave da dengue.
Se confirmada, a morte do idoso pode ser a oitava provocada por dengue este ano em Mato Grosso do Sul, e a quarta na Capital. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que o caso já é investigado como a forma hemorrágica da doença. Porém ainda aguarda o laudo necroscópico sobre a morte para que a mesma entre na estatística oficial do boletim epidemiológico da dengue em Campo Grande.
Outras sete pessoas morreram por conta da doença este ano no Estado. Os últimos três óbitos foram confirmados no dia 1° de março, um em Campo Grande – paciente do interior – e dois em Dourados, a 230 quilômetros da Capital.
Entre as vítimas estava Pedro Guilherme Teodoro, 24, morreu no dia 24 de fevereiro, no HU (Hospital Universitário) de Campo Grande, com a forma mais grave da dengue. Ele foi transferido de Coxim, a 260 quilômetros da Capital – onde morava –, horas antes de morrer e precisou ser entubado assim que deu entrada no PAM (Pronto Atendimento Médico), mas não respondeu ao tratamento e morreu.
No dia 25 de fevereiro foi confirmada a quarta morte por dengue em 2016 no Estado. A vítima, Leika Pereira Campos, tinha 33 anos e morreu no dia 17 de fevereiro no HR (Hospital Regional), em Campo Grande, após ser atendida três vezes em uma unidade de saúde.
A mulher deu entrada no hospital no dia 10, com sintomas da doença. Porém, o quadro de saúde se agravou e no dia 14 ela foi transferida para o CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva), onde faleceu três dias depois, vítima da forma mais grave da doença.
As outras duas mortes, ocorridas em Campo Grande, foram de uma criança de 8 anos - no dia 12 de janeiro -, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida ao dar entrada com dengue clássica e depois sofrer uma parada cardíaca e da adolescente Karolina Ribeiro Soares Rodrigues, 16, no dia 13 de janeiro no HR.
Em Dourados, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, já são três mortes por dengue desde o início do ano. O diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Dourados, Devanildo de Souza, confirmou que os dois últimos casos ocorreram no dia 2 e 17 de fevereiro. As vítimas eram uma mulher de 95 anos e um homem de 77 anos. A outra vítima, uma mulher de 44 anos, morreu no dia 24 de fevereiro.
Dados – O boletim epidemiológico da Sesau, divulgado ontem (16), confirmou que no intervalo de uma semana, entre os dias 8 e 15 de março, Campo Grande registrou 1.036 novos casos suspeitos de dengue, são seis novas notificações a cada hora. O número é cerca de 69% maior do que os 612 casos notificados na primeira semana no mês.
A Capital registra, nos primeiros 15 dias de março, 1.648 novos casos suspeitos, mas até agora não há nenhuma confirmação da doença. No ano, são 19.694 notificações com 466 confirmações. Isso significa 36% a mais que o total de notificações durante todo o ano passado, quando foram 14.450 notificações suspeitas.
Já as notificações de zika vírus aumentara mais de 380%, passando de 56, na primeira semana de março, para 269 na segunda semana do mês. A Sesau acompanha 310 gestantes, das quais 50 estão positivas para zika, mas, não há novas gestantes em acompanhamento. Todos os casos são de 2015 e até fevereiro deste ano.
Os casos de febre chikungunya são 169 – 98 em janeiro, 59 em, fevereiro e 12 em março. No boletim anterior, eram 143 notificações.
O boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que é divulgado semanalmente sempre as quartas-feiras, ainda não foi disponibilizado esta semana.