O Movimento sul-mato-grossense da Agricultura Familiar (MAF), 6ª entidade de\n luta pela reforma agrária que age em Mato Grosso do Sul, atrai centenas de\n famílias desde a sua criação, três anos atrás, e suas ações diferem de\n entidades tradicionais que tocam a causa aqui no Estado. De acordo com matéria\n publicada na edição deste domingo (17) no jornal Correio do Estado,\n critério básico exigido pelo comando da organização: para integrar o grupo o\n interessado é avaliado antes e sumariamente reprovado se tiver a ficha suja. O\n movimento também proíbe a existência de analfabetos nos acampamentos, tendo\n como outro pré-requisito o interesse pela educação (estar matriculado em algum\n curso regular ou receber aulas frequentes).\n \n Ficha suja é como ficou conhecida a Lei das Condições de Inelegibilidade,\n criada em 2010, que torna inelegível por oito anos candidatos que tiverem o\n mandato cassado, renunciar para evitar a cassação ou for condenação por decisão\n de órgão colegiado [com mais de um juiz], mesmo que ainda não exista a\n possibilidade de recursos.\n \n “A primeira coisa que fazemos é conhecer a pessoa examinar o seu passado.\n Logo de início pegamos cópias do CPF e da carteira de identidade. Investigamos\n o cidadão desde que ele nasceu. Não adianta ter a ficha suja, deixamos isso\n claro”, disse Rodionei Merlin, 41, o chefe mais importante da associação, que\n conta hoje com três acampamentos, 23 líderes e 1.170 cadastros, número que\n equivale a cerca de 4 mil pessoas. Detalhe: 80% dos associados ao MAF\n frequentam igrejas evangélicas.