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ImprimirA 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, que investiga a denúncia de falta de materiais básicos no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), expediu ofício à diretoria do hospital para que seja prestado esclarecimentos sobre a compra de materiais. O hospital tem 20 dias úteis para responder a promotoria.
Conforme as conclusões de um relatório após Notícia de Fato instaurado em dezembro, a promotora que cuida do caso, Daniela Cristina Guiotti, solicitou os esclarecimentos à unidade de saúde.
O ofício foi encaminhado ao hospital no dia 18 de dezembro, no entanto, MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) entrou em recesso no dia 20 e retornou às atividades nesta segunda-feira (6). Ou seja, dos 20 dias úteis, restam 16 para o HRMS. As informações e documentos solicitados foram elaborados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
A apuração tem como foco principal verificar a denúncia de falta de materiais básicos no hospital, gerido pelo Governo do Estado, e que impedem a realização de exames e tratamentos. Entre os procedimentos que ficaram restritos, estão biópsia guiada por radioimagem, biópsia de tecido neoplásico e procedimentos de nefrostomia percutânea interna e externa, tanto para pacientes adultos como infantis.
132 mortes por mês
Passando por uma crise financeira e administrativa que resultou em uma média de 132 mortes por mês e também na mudança da gestão, o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) são alvo de investigação aberta pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
São diversas as reclamações feitas por pacientes e familiares referentes aos problemas encontrados no hospital. Em novembro foi apresentada a nova diretora do HR, a médica Rosana Leite de Melo, que é servidora de carreira do local e especialista em cirurgia de cabeça e pescoço. Ela substituiu Márcio Eduardo de Souza.
Apesar do número alto de mortes registrados – são 4,4 por dia, na média -, o Governo do Estado afirmou na época que o número é considerado normal e está dentro da média histórica dos últimos nove anos. Em novembro, foi anunciado mais uma vez pela SES investimento de R$ 55 milhões na estrutura do hospital, que apresentou problemas no elevador, piolhos de pombo nos aparelhos de ar condicionado, ar condicionados estragados e reclamações sobre a alimentação aos pacientes e funcionários.
Em agosto de 2019, duas outras investigações referente ao HRMS foram arquivadas pelo MPMS. Uma delas era referente a irregularidades nas comprar realizadas pelo hospital para a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Já a outra apurava a falta de farmacêuticos-bioquímicos nas escalas plantões noturnos e de finais de semana no Hemonúcleo e também irregularidade no procedimento de prova cruzada, que estariam sendo realizados por técnicos de laboratório.