Midiamax/AB
ImprimirA fila de espera por colonoscopia, exame que permite a visualização direta do interior do reto e pode , por meio de diagnóstico, garantir a cura do câncer de colorretal, chega a mil por mês no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - Rosa Pedrossian, que atende pacientes de Campo Grande e do interior do Estado.
Segundo o presidente da Sobed (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), Antônio Gentil Neto, depois do câncer de mama, o de colorretal é o segundo com mais número de mortes no Brasil. Ele afirma que a estimativa é de que ao longo de 2016, 35 mil pessoas sejam diagnosticadas com a doença no país.
"Estima-se que alguns fatores sejam importantes, como dieta. As dietas com bastante fibra e com pouca gordura minimizam o aparecimento do câncer de intestino. O uso do fumo, o cigarro é um fator desencadeante da doença que também tem relação com a gordura e questões genéticas. Um paciente com um familiar que teve câncer de colorretal, tem cinco vezes mais chances de ser diagnosticado com a doença", explica.
Ao todo, foram selecionados 150 pacientes com idades entre 50 e 75 anos que aguardavam pelo exame foram selecionados para realizarem a colonoscopia na primeira etapa da Caravana da Saúde realizada em parceria com a Sobed.
Irene Yokico Maruyama, de 62 anos, esperava há três meses para realizar o procedimento. "Tenho um tio que teve câncer de colorretal e estava com sangramento nas fezes, mas não sentia nenhuma dor. Fiquei bastante preocupada e agora vou fazer o exame e saber o que eu tenho".
De acordo com o médico e diretor presidente do Hospital Regional, Justiniano Barbosa Vavas, por mês são realizados entre 400 e 600 exames digestivos, entre eles, aproximadamente 250 são de colonoscopias, mas ainda assim, a fila de espera é de 1000 pacientes. Com a parceria entre a Sobed e a Carana da Saúde, serão realizados 140 exames a mais neste mês e os resultados devem ser divulgados em 15 dias.
"O exame de patologia depende da complexidade, mas acredito que os resultados saiam em no máximo 15 dias. pacientes vão voltar em consultas ambulatoriais para ver o resultado. O resultado será mais precoce se o exame for normal. Se tiver coleta de material com necessidade de biopsia, isso requer um tempo maior", explica.
O médico explica que a colonoscopia identifica a formação de pólipos intestinais, que são pequenas lesões semelhantes a uma verruga que se localizam no intestino grosso, a parte final do tubo digestivo, responsável pelo processo de absorção da água e determinação da consistência do bolo fecal. "Quando os pópolis são retirados é feita a interrupção da lesão precursora câncer", ressalta.
Conforme o diretor-presidente do RH, das colonoscopias realizadas no hospital, cerca de 25% apresentam pópolis e 5% são considerados malignos. Com o diagnóstico precoce, a chance de cura é de 100%.