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Cidades
26/03/2021 08:46:00
Prefeitura de Rio Verde anuncia distribuição de remédio sem eficácia contra covid

Midiamax/LD

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Foto: Reprodução Redes Sociais

O vice-prefeito de Rio Verde de Mato Grosso informou na noite desta quinta-feira (25) que a prefeitura da cidade irá distribuir 120 mil comprimidos de ivermectina para a população. O valor da compra dos medicamentos não foi anunciado.

A própria fabricante do ivermectina já informou que não há dados que sustentem o uso do remédio contra a covid-19. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e AMB (Associação Médica Brasileira) também reforçam que o uso de ivermectina não é recomendado para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus

O anúncio foi feito pelo vice-prefeito, Réus Fornari, em uma reunião realizada pela Associação Comercial de Rio Verde no Plenário da Câmara Municipal.

Em nota, a administração informa que “resolveu encarar o problema também por meio do uso de ivermectina como tratamento preventivo”.

”Ninguém é obrigado a tomar, porém eu faria o uso sem pensar duas vezes, ainda mais com essa atitude nobre da Prefeitura em distribuir gratuitamente”, disse o médico Luiz Eugênio Engleitner, na reunião.

O secretário de Saúde, Roberto Martins, informou que os medicamentos chegam na próxima segunda-feira (29), e, com o auxílio de todas as unidades de saúde do município e com apoio de médicos, as ivermectinas serão distribuídas.

No ano passado, Anvisa reforçou que o uso de ivermectina não é recomendado para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus. O medicamento antiparasitário não tem eficácia comprovada contra a covid-19, segundo a agência.

Em fevereiro deste ano, a farmacêutica Merck, responsável pelo desenvolvimento do medicamento ivermectina, informou em comunicado que não há dados que sustentem o uso do remédio contra a covid-19.

Na última terça-feira (23), a Associação Médica Brasileira afirmou que a utilização dos medicamentos hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina deve ser banida do combate à pandemia, pelo fato de não possuírem eficácia científica comprovada no tratamento ou prevenção da covid-19.

Foto: Assessoria
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