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Cidades
24/05/2016 11:33:00
Protesto de Polícia Militar reduz em 80% atendimento de ocorrências

Correio do Estado/AB

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Os atendimentos às ocorrências por parte da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros estão restritos hoje (24). Os servidores cobram o governo do Estado por melhorias na negociação salarial e na estrutura.

A prioridade está sendo dada para escolta em presídios e transferência de presos doentes. Acidentes de trânsito, policiamento ostensivo nas ruas são algumas das atividades que estão reduzidas por parte da Polícia Militar.

Os Bombeiros estão priorizando casos graves de salvamento, enquanto vistorias, por exemplo, não estão sendo realizadas.

A Associação dos Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul, a Associação dos Oficiais da PM e a Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de sargentos policiais e bombeiros militares de MS estão organizando a paralisação de 12 horas. Estão programados diferentes atos de protesto no Centro de Campo Grande, na praça Ary Coelho. Agora pela manhã, em torno de 200 servidores participam do protesto.

Essas organizações prometem realizar movimento com grande número de pessoas às 16h de hoje na praça Ary Coelho. Esse horário é dado como simbólico para prazo final para o governo estadual entregar contraproposta.

O pedido com relação à negociação salarial é de reposição inflacionária de 16%, referente à falta de reajuste nos últimos 17 meses, ou 11%, índice ligado aos últimos 12 meses.

Na questão de estrutura, as associações sustentam que faltam viaturas, a cota de combustível é insuficiente para o trabalho e equipamentos de proteção e armamento estão obsoletos.

"Historicamente não há investimento na segurança pública, isso é um problema antigo. Faltam viaturas, os carros hoje são muito antigos, a cota de combustível é baixa, não temos equipamento de proteção e armamento adequados", criticou Coronel Alírio Vilasanti, presidente da Associação dos Oficiais da PM.

Nos Bombeiros, seria necessário concurso para cobrir deficit de 2 mil servidores e aparelhamento das unidades da Capital e do interior. "Hoje tem uma viatura de resgate por unidade, três no total (para Campo Grande). O ideal seria o triplo disso, com uma viatura de resgate, uma de combate de incêndio e outra de salvamento em cada unidade", explicou o presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul, o subtenente Nilson da Silva Freitas.

QUANTITATIVO

A associação dos Bombeiros alega que há 1,5 mil homens no Estado, quando o necessário seriam 3,5 mil. Além disso, a corporação está presente em 23 municípios, de um total de 79. "Algumas cidades só recebem atendimento depois de horas porque há o deslocamento", apontou Nilson da Silva Freitas.

A Polícia Militar conta atualmente com 6 mil policiais de efetivo, mas a Associação de Oficiais não divulgou quantos mais seriam necessários para completar o quadro.

NÚMERO REDUZIDO

O protesto de hoje baixou de 30 viaturas diárias na ronda da Polícia Militar em Campo Grande para seis. Há apenas um equipe por área na cidade fazendo policiamento ostensivo e atendimento de ocorrências geradas pelo telefone 190.

No caso de acidentes com vítimas, em que o Batalhão de Trânsito é deslocado, por conta do movimento será apenas a Polícia Civil e a Perícia Oficial Forense que farão o atendimento.

FÓRUM DIALÓGA

​O governo do Estado criou comissão formada pelos secretário de Governo, Eduardo Riedel, e de Administração, Carlos Assis, para tratar das negociações entre as categorias.

A administração estadual prepara divulgação com relação à negociação com as corporações.

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