Da assessoria/LD
ImprimirQuando descartado na pia, o óleo de cozinha provoca o entupimento e o extravasamento da rede de esgoto, além de poluir o meio ambiente. Por isso, a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) de Paranaíba, em parceria com o Movimento Valorização da Vida em Defesa de Pessoas com Necessidades Especiais e Meio Ambiente e com o Grupo Semenando MS, implantou projeto para coletar e dar a destinação correta ao óleo de cozinha descartado pela população de Paranaíba.
São mais de 20 pontos de coleta de óleo usado, entre o escritório comercial e o escritório da regional da Sanesul em Paranaíba, escolas estaduais, municipais, rurais, particulares e supermercados. A população deve levar o óleo de cozinha em garrafas pet até um dos pontos de coleta e a cada dois litros, ganha um cupom para participar do sorteio de um smartphone no dia 23 de dezembro.
"Nosso objetivo é amenizar as interferências na rede de esgoto do município e ajudar o meio ambiente. O óleo vai ser vendido e vamos doar o dinheiro para instituições de caridade", explicou o gerente regional de Parabaíba, Ronaldo José Severino de Lima.
Para se ter uma ideia do problema, um litro de óleo de cozinha usado pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos.
Ao ser despejado na pia ou no vaso sanitário, o óleo usado passa pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura, atraindo micro-organismos e provocando doenças como leptospirose, febre tifoide, cólera, hepatites, esquistossomose, amebíase e giardíase.
Além disso, esse óleo incrustado nos encanamentos dificulta a passagem da água e causa o extravasamento da rede de esgoto e o seu entupimento, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento, fazendo-se necessário o uso de produtos químicos poluentes para desentupir essas instalações. Isso leva à mais poluição e a mais gastos econômicos, sem contar que o óleo acaba indo parar nos mananciais, poluindo rios, lençóis freáticos e matando espécies aquáticas.
"Com a campanha, buscamos aliar sustentabilidade com desenvolvimento social, econômico, político e cultural. O projeto já existia, remodelamos e a Sanesul se tornou uma importante parceira para que fosse concretizado, recebendo o óleo, armazenando e levando para ser vendido e reciclado", afirmou uma das coordenadoras do projeto, a funcionária da Sanesul Adma Aparecida da Costa.
Diversas instituições são parceiras do projeto, coordenado também pelos engenheiros Atilio Eduardo Pioli e Rodrigo Guimaraes.