Ao contrário de São Paulo, o secretário de Justiça e Segurança Pública,\n Wantuir Jacini, descartou conchavo de policias com integrantes do PCC (Primeiro\n Comando da Capital) em\n Mato Grosso do Sul. Ele informou ainda que o setor de\n inteligência do Estado jamais detectou plano de ataque contra o governador André Puccinelli (PMDB).\n \n Na semana passada, virou notícia nacional a força da facção criminosa em São Paulo e até plano\n para matar o governador Geraldo Alckimin (PSDB) foi detectado em grampos\n telefônicos. Ao mesmo tempo, veio à tona denúncias de conchavo de integrantes\n do PCC com policiais. No Estado, o grupo registra a maior população. Depois,\n aparecem Paraná e Mato Grosso do Sul com, respectivamente, 626 e 558\n integrantes.\n \n “Aqui, até hoje, não chegaram informações de ataques contra o governador,\n nem denúncias de conchavos de policiais com integrantes da facção negativa, que\n atua nos presídios”, disse Jacini. Segundo ele, o setor de inteligência\n monitora constantemente as ações do grupo e “a gente desconhece esse tipo de\n situação”.\n \n O secretário ainda não demonstrou surpresa com os números do levantamento do\n MP (Ministério Público) de São Paulo sobre a força do PPC nos presídios\n brasileiros. “Essa informações foram colhidas a partir de dados da polícia”,\n explicou. Para ele, a divulgação do material foi endereçada ao Congresso\n Nacional e ao Ministério da Justiça no sentido de cobrar ações para combater a\n superlotação dos presídios.\n \n “A falta de vagas impede a divisão dos presos por periculosidade e dificulta\n a fiscalização nos dias, por exemplo, de mil visitas”, comentou. No\n entendimento de Jacini, a partir do momento que reduzir a superpopulação\n carcerária será possível fiscalizar melhor e reduzir o poder de facções\n criminosas, como o PCC. “Isso é uma política de dois ou três governos para\n construir 500 presídios no País”, avaliou. Em Mato Grosso do Sul, o\n déficit de vagas é de cerca de seisnbsp;mil.\n \n Dever de casa - Além de descartar ações mais ousadas por\n parte do PCC em MS, Jacini avalia que o setor de segurança pública está em dia\n “com o dever de casa”. “Até 15 de outubro, mais de quatro mil traficantes foram\n presos e apreendemos 104 toneladas de drogas”, destacou. No ano passado, ainda\n de acordo com o secretário, foi barrado o transporte de 87 toneladas de\n entorpecentes, 90% do total apreendido no país.\n \n Ainda de olho em desarticular as facções criminosas, Jacini informou que\n frequentemente são realizados pentes finos nos presídios, principalmente, para\n aniquilar a comunicação dos presos por meio de celular. Em maio, por exemplo,\n foram bloqueados 1,5 mil aparelhos e mais 2,5 mil chips.