\n \n O corte da\n ajuda prestada pela Prefeitura de Campo Grande deixou sequelas no trabalho\n desenvolvido no Instituto Social Pioneira, no bairro de mesmo nome. Desde 2009,\n a entidade recebia alimentos e monitores da prefeitura. Neste ano, a ajuda foi\n cortada e o número de crianças e adolescentes atendidas foi reduzido\n drasticamente: caiu de 300 para 100.\n \n Diretora\n financeira do Instituto, a irmã Fátima Cardoso afirma que os monitores eram\n cedidos à entidade pela Fundação Municipal de Esporte (Funesp), por meio do\n programa Segundo Tempo.
Já a alimentação enviada era semelhante à encaminhada\n às escolas municipais e Ceinfs (Centros de Educação Infantil). No início deste\n ano, a prefeitura deixou de enviar os alimentos e reduziu pela metade o número\n de monitores. Antes, eram quatro profissionais para desenvolver as atividades.\n Agora, são dois. \n \n Com o corte no\n envio de alimentos, a irmã explica que não foi mais possível manter o mesmo\n número de crianças atendidas. Além das atividades esportivas oferecidas no\n contraturno escolar, elas recebiam também lanche e almoço. “O corte foi grande,\n porque como vamos colocar as crianças lá sem ter o que dá para elas? Elas saiam\n da escola e iam direto para o projeto”.\n \n Ao Instituto\n Social Pioneira, o município encaminhava carnes, arroz, óleo, sucos e\n biscoitos. Sem o recebimento dos produtos, irmã Fátima diz que a instituição\n está sobrevivendo de doações de empresários. Mesmo assim, ela diz que não é\n todo mês que as doações chegam. Sem carne na quarta-feira, colaboradores\n pediram ovos aos vizinhos da entidade. O almoço foi macarrão com ovo. “Teve um\n empresário que nos ajudou neste mês, mas falou que no mês que vem não vai poder\n nos ajudar”.\n \n \n