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ImprimirAcompanhando a movimentação e o faturamento elevado do setor turístico no País, Mato Grosso do Sul também registra bom desempenho neste ano. Com estimativa de movimentação ainda maior no segundo semestre, a expectativa é de superar a arrecadação do ano passado.
Conforme a Alumia, plataforma de inteligência turística de Mato Grosso do Sul, em 2022, o setor gerou R$ 62,602 milhões aos cofres estaduais. O montante é 12% maior que os R$ 55,846 milhões angariados no período pré-pandemia (2019).
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o turismo brasileiro apresentou faturamento recorde para o mês de maio neste ano, com receitas para o período de R$ 36,1 bilhões. Apesar de não haver recorte regional de quanto o segmento movimentou em MS, os principais representantes do setor confirmam que Mato Grosso do Sul segue a tendência nacional.
Em 2022, o turismo no Estado movimentou cerca de R$ 21,6 bilhões, conforme dados do Observatório do Turismo de MS.
Um dos indicadores que apresentaram alta foi a taxa de ocupação: nos primeiros seis meses do ano, houve aumento de 3% na lotação para os destinos Bonito, Campo Grande e Dourados.
Diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Bruno Wendling reforça o desempenho positivo do segmento. “Desde o ano passado, nós estamos tendo recorde de visitação, especialmente na região de Bonito, Serra da Bodoquena e também em Corumbá, com a pesca esportiva”, detalha.
O titular da Fundtur afirma que Campo Grande não fica atrás e acumula movimento considerável no primeiro semestre deste ano, com destaque para o mês de maio.
“Os dados apontam para um maio melhor do que o mesmo mês de 2022, que, inclusive, foi um excelente ano para as três principais regiões”, frisa o diretor-presidente da Fundtur.
Wendling ainda destaca que a expectativa é de um fechamento de ano acima do esperado, com aumento de fluxo em relação a 2022, tendo como base números da pré-pandemia.
“A expectativa é de que a gente viva nos próximos anos o crescimento da oferta, da demanda e da diversificação dos destinos que oferecem atividades para os turistas dentro do Estado”, conclui.
PERSPECTIVAS A perspectiva otimista do setor hoteleiro também reforça a afirmação do representante do governo estadual. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Mato Grosso do Sul (Abih-MS), Marcelo Mesquita, confirma que o reflexo da atividade turística para o ramo hoteleiro foi positivo no Estado no primeiro semestre deste ano.
“Apresentou melhores números em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, motivado também pelo bom desempenho do agronegócio no Estado, seguido pelos investimentos em infraestrutura”, indica o representante do setor.
Mesquita ainda acrescenta que outro ponto positivo é a retomada dos shows e eventos técnicos e científicos, que ocorrem principalmente em Campo Grande, gerando como resultado aquecimento do setor.
Para a economista do Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS (IPF-MS) Regiane Dedé de Oliveira, o primeiro semestre deste ano foi muito positivo para o turismo local, mantendo movimentação similar à nacional.
“Nós temos a pesquisa da CNC divulgando o quanto houve de aumento nesses primeiros seis meses do ano. No Estado, o que se apresenta não é diferente”.
Utilizando como parâmetro o número de desembarques nos primeiros quatro meses deste ano (últimos dados disponíveis no Estado), ela frisa que é possível verificar que ocorreu um aumento médio de 20% na Capital, em relação ao ano passado.
“Isso reflete na demanda de todo o setor, na cadeia produtiva do turismo. Seja um passeio, contemplação ou turismo de negócio, isso tem um impacto muito positivo. Aí nós temos as cidades como Bonito, Corumbá e a própria Capital tendo uma demanda maior também pelos serviços de hotelaria, espaços de evento, sendo isso muito importante para a economia de MS”.
Regiane ainda ressalta que a atividade turística injeta dinheiro novo no Estado, “uma vez que recebe pessoas de fora, que contribuem para a movimentação econômica local”.
NACIONAL Pesquisa da CNC aponta que o turismo brasileiro apresentou faturamento recorde para maio neste ano, segundo dados compilados desde 2014. O registro volumoso de receitas para o período foi de R$ 36,1 bilhões, uma elevação de 8,6% no comparativo com o mês de maio de 2022. Ao comparar com abril deste ano, a diferença positiva é de 4%. Não obstante, a CNC projeta um crescimento de 9,3% neste ano, em relação a 2022.
O levantamento identificou aumento no fluxo de aeronaves nos principais aeroportos do Brasil. De acordo com a CNC, isso é um indicativo da melhora no turismo.
Outro ponto que pode ser atribuído ao avanço é o volume de turistas estrangeiros no Brasil. Segundo o Ministério do Turismo, até maio deste ano, o País tinha recebido 2,97 milhões de turistas de outras nacionalidades, volume 108% maior do que o registrado de janeiro a maio do ano passado.
Destacando os principais fatores para a retomada do segmento turístico no País, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que a atração de novos negócios que geram empregabilidade está contribuindo para o aumento no faturamento.
“Viajar para o exterior está muito caro, e a oferta de produtos turísticos brasileiros está em alta, fortalecendo o turismo interno. Além disso, o câmbio favorável e a infraestrutura voltada ao turismo internacional tornam o Brasil uma opção atrativa para viajantes estrangeiros”, finaliza.