Agência Brasil/LD
ImprimirO comércio varejista do estado de São Paulo aumentou o faturamento em 4,2% em janeiro em comparação com o janeiro de 2016. O total atingiu R$ 48,4 bilhões, valor que supera em R$ 2 bilhões o registrado em igual período de 2016. No acumulado de 12 meses, houve crescimento de 0,8%.
O desempenho foi o quarto melhor da série histórica para janeiro desde 2008, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (Fecomercio), com base em informações da Secretaria da Fazenda. O maior volume financeiro obtido pelo varejo paulista ocorreu em 2014 (R$ 51,5 bilhões) e o segundo melhor desempenho deu-se em 2015 (R$ 48,7 bilhões).
Vendas devem crescer ao longo do ano
Diante do resultado, a Fecomercio-SP refez a sua projeção de vendas para este ano, alterando a taxa de crescimento de 2,5% para 2,8%.
Seis setores de um total de nove pesquisados apresentaram avanços: concessionárias de veículos (19,5%), farmácias e perfumarias (16%), autopeças e acessórios (15,4%), materiais de construção (9,1%), lojas de móveis e decoração (7%) e outras atividades (6,9%). Em contrapartida, foram registradas quedas nas vendas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-9,2%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,2%) e supermercados (-0,8%).
Na capital paulista, as lojas do varejo ampliaram em 5,9% o faturamento, o que correspondente a R$ 15,1 bilhões. Este foi o segundo maior volume da série histórica desde 2008. No acumulado de 12 meses, foi constatado crescimento de 1,2%.
Tendência de alta
O assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze, observou que o crescimento do faturamento no estado ocorre sobre um fraco desempenho ao longo de 2016. Ele destacou que a recuperação tem sido verificada principalmente no interior, em razão das atividades do agronegócio. “Esse comportamento favorável deve continuar porque a expectativa do IBGE é de um crescimento em torno de 20% para a safra agrícola.”
Outro dado que Dietze vê como positivo para o comércio é a entrada no mercado dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Embora a maior parte desse dinheiro deverá ser para pagar dívidas, a sua movimentação em um segundo momento vai aumentar o potencial de consumo. A recuperação é lenta, mas estamos saindo do fundo do poço.”