Sábado, 23 de Novembro de 2024
Ciência e Saúde
02/06/2021 17:57:00
Após suspeita de fungo preto, SES orienta hospitais sobre prevenção e alerta para uso de hormônios

Midiamax/LD

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Após o primeiro caso suspeito de fungo preto em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) orientou os hospitais do Estado para que tomem medidas preventivas sobre a doença. Além disso, alertou para o uso abusivo de medicamentos com base em hormônios.

O paciente Covid-19 internado em Campo Grande, de 71 anos, apresentou sintomas do fungo negro no olho esquerdo como hemorragia, lesão e inchaço em 28 de maio. Na tarde desta quarta-feira (2), o idoso não resistiu e faleceu ainda hospitalizado no Hospital Adventista do Pênfigo.

De acordo com a Secretaria, em 31 de maio foram enviadas “orientações aos Hospitais com as medidas de prevenção”. Além disso, a SES informou que tem “realizado treinamento dos núcleos de vigilância epidemiológica hospitalares para uma identificação e resposta mais ágil”.

A Secretaria também fez alerta para que os hospitais fiquem atentos ao uso de medicamentos com hormônios, como corticóides. “Foi orientado aos Hospitais ficarem atentos ao uso abusivo de corticóides em quem tem comorbidades principalmente diabetes”.

Para desenvolver o fungo preto — mucormicose — uma pessoa precisa ter entrado em contrato com esporos fúngicos em algum ambiente. “Por exemplo, as formas pulmonares ou sinusais da infecção podem ocorrer depois que alguém respira em esporos”, informou a SES em nota.

Assim, a Secretaria destaca que normalmente, as formas de mucormicose “ocorrem em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças”. Pacientes com Covid-19 fazem uso de remédios que podem causar essas deficiências no sistema.

Então, a SES lembra que pacientes Covid-19 fazem uso de "corticoide, muitas vezes em excesso, o que favorece imunossupressão - deficiência da resposta imune associada ao uso de alguns medicamentos favorece a ocorrência desses casos”. Assim, muitos pacientes, que já estão em estado grave por causa do coronavírus, são afetados também pelos remédios.

Além disso, a secretaria alerta para as comorbidades, principalmente Diabetes. Por fim, é importante ressaltar que a “mucormicose também pode se desenvolver de forma cutânea depois que o fungo entra na pele através de um corte, raspagem, queimadura ou outro tipo de trauma”.

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