\n \n Cerca de 18 cardiologistas pararam,nbsp;pelanbsp;2ª vez neste\n ano, as atividades no principal hospital de Campo Grande, a Santa Casa. De\n acordo com o diretor clínico do hospital, Heitor Soares, os profissionais estão\n descontentes com a remuneração e principalmente com a estrutura oferecida para\n trabalhar. A paralisação teve início no dia 25 de novembro e segundo o\n coordenador do Samu, Mauro Luis de Britto Ribeiro, já esta superlotando os\n Hospitais Regional e Universitário. \n \n Uma paralisação já havia sido feita no dia 28 de julho de 2012,\n quando os cardiologistas do Pronto Socorro deixaram seus postos de trabalho,\n depois de realizarem reivindicações, por mais de seis meses, pleiteando\n melhores salários e a aplicação do plantão presencial, como determina o\n Ministério da Saúde. Após intervenção do MPE (Ministério Público Estadual) o\n reajuste foi feito e o serviço retomado no dia 16 de agosto. \n \n O diretor clínico informou que na manhã desta quarta-feira (19)\n ele se reuniu com os cardiologistas na tentativa de formatar uma nova proposta\n de trabalho. “Estamos negociando. O valor que foi acordado anteriormente era\n provisório. O que acontece é que não é só remuneração, as condições de trabalho\n também estão cada dia mais difíceis e não há perspectiva de melhora. Esperamos\n que tanto a administração, quanto os médicos, sejam sensíveis quanto a\n questão”, declarou. \n \n Heitor explicou que a Santa Casa precisa urgentemente passar por\n uma reforma estrutural. “Do jeito que a estrutura está montada, podemos\n trabalhar muito bem que não tem como fazer todo o serviço. As pessoas vão\n desencantando. Está sempre faltando alguma coisa e isso prejudica tudo”,\n afirmou Heitor Soares. \n \n A preocupação aumenta com a proximidade das festas. O coordenador\n do Samu informou que as coisas podem se complicar bastante, uma vez os outros\n hospitais já estão superlotados e não conseguem dar conta por muito tempo da\n demanda da Santa Casa, que é o principal hospital da cidade e do Estado. \n \n “Não houve nenhum caso que a falta de vaga na Santa Casa\n resultasse em morte do paciente até o momento, mas o fato é que do jeito que\n está a superlotação não tem como um dos hospitais parar de atender,\n principalmente a Santa Casa que é quem segura tudo.
A situação já está\n complicada. Quase todo o serviço está sendo feito pelo Regional, já que o HU\n não tem a estrutura e tem dias em que faltam até médicos por lá”, declarou\n Mauro. \n \n Segundo dados fornecidos pelo médico coordenador da cardiologia da\n Santa Casa, Waldir Salvi Jr., o plantão de cardiologia da emergência atende\n pelo menos 600 pessoas por mês. Apenas a Unidade Coronária, CTI Cardíaco e CTI\n geral (que é composto por intensivistas, mas que tem cardiologistas na equipe),\n mantêm os serviços.\n \n \n \n \n