Da redação/PCS
ImprimirUma boa noite de sono é fundamental para um dia produtivo no trabalho, nos estudos e nos afazeres diários. Para isso, são necessárias pelo menos oito horas de descanso, a fim de recarregar as energias. Porém, algumas situações estão tirando o sono de muitas pessoas, principalmente dos jovens.
Os problemas de insônia não costumam aparecer em uma idade específica, conforme explica a dra. Ana Paula Megale Hecksher, especialista em medicina do sono. Entretanto, os distúrbios estão cada vez mais presentes na vida dos jovens, em decorrência de preocupações, da rotina desmedida, dos maus hábitos alimentares e, principalmente, do uso excessivo do aparelho celular.
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) apontou que 88% dos adolescentes brasileiros estão dormindo mal, a partir do hábito de usar os smartphones deitados na cama, na hora de dormir. Esse costume é extremamente prejudicial, pois a luz da tela retarda a ação do hormônio do sono. Muitas vezes, os jovens só conseguem “apagar” por exaustão, estando sujeitos às complicações de saúde física e mental.
A psicoterapeuta Myriam Durante conta como, sem perceber, o adolescente acaba caindo no sono. “‘Nossa! Eu capotei’. E ‘capotou’ mesmo, porque o corpo não aguentou mais. Mas não significa que o sono foi reparador (...). Um sono bom é aquele que você acorda com vontade de levantar. Agora, quando você acorda e tem vontade de jogar o despertador longe, não foi um sono reparador”, destaca.
“O nosso cérebro trabalha por eletricidade, e o celular também. Quando o celular fica ativo, mandando ‘barulhinhos’, anunciando que tem alguma novidade, por mais que o jovem não acorde, o cérebro — que já estava processando algo — para, a fim de identificar o som. Por isso, o sono fica picado. No dia seguinte, ao acordar, esse jovem está um caos”, completa.
Assim, para evitar este e outros problemas, é preciso autocontrole: dormir sempre no mesmo horário faz com que o cérebro entenda que aquele momento é para descansar. Uma hora antes é recomendado fazer atividades mais tranquilas, evitar a luz artificial das telas e o consumo de alimentos estimulantes, como café, por exemplo.