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ImprimirDados divulgados pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que uma pessoa faleceu vítima de dengue, nos últimos 10 dias, em Mato Grosso do Sul.
A vítima é uma mulher, de 58 anos, residente de Campo Grande. Ela tinha diabetes. A morte ocorreu em 8 de junho de 2023, mas só foi confirmada em 8 de setembro e computada no boletim epidemiológico em 19 de setembro.
Com isso, o número de mortes chega a 37 neste ano. Além das mortes confirmadas, há outras seis em investigação. O número de óbitos neste ano é o segundo maior desde 2014, perdendo apenas para 2020, quando 42 pessoas perderam a vida para a doença.
Das 37 mortes, 18 são do sorotipo Dengue 1. Os óbitos ocorreram nos meses de janeiro (1), fevereiro (4), março (16), abril (11) e maio (2), junho 4 e julho (1). Não houve mortes em agosto e setembro.
As mortes foram registradas nos municípios de Rio Verde de Mato Grosso (1), Aquidauana (2), Aparecida do Taboado (2), Três Lagoas (6), Brasilândia (1), Ribas do Rio Pardo (1), Campo Grande (6), Guia Lopes da Laguna (1), Bela Vista (1), Dourados (5), Douradina (1), Ivinhema (1), Novo Horizonte do Sul (1), Laguna Carapã (2), Juti (2), Amambaí (1), Naviraí (1) e Mundo Novo (1). A letalidade é de 0,09% e a mortalidade (por 100 mil habitantes) é de 1,34.
CASOS
Dados divulgados pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que 39.537 pessoas foram diagnosticadas com dengue, entre 1º de janeiro e 26 de setembro de 2023, em Mato Grosso do Sul.
Os casos prováveis somam 46.974 neste ano. Mulheres (52,5%) se infectam mais do que homens (47,5%).
Números mostram que 29.355 testaram positivo para a doença em 2021 e 2022, sendo 8.027 em 2021 e 21.328 em 2022.
Portanto, os casos de dengue em apenas nove meses de 2023 superam os números dos anos de 2021 e 2022 juntos.
Os municípios com maior número de casos confirmados são Campo Grande (11.859), Três Lagoas (4.597), Corumbá (1.925), Dourados (1.483), Ponta Porã (1.380), Maracaju (1.372), Naviraí (1.342), Ivinhema (1.181), entre outros.
DENGUE
A dengue é uma arbovirose comum no Brasil e é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti.
O período do ano com maior transmissão da doença é o verão: meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. Isto ocorre porque esta época chove muito, e, o acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença.
O mosquito Aedes Aegypti também transmite outras doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A enfermeira Nivea Lorena explicou ao Correio do Estado que os sintomas da dengue são dor de cabeça, dor nos ossos, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, vômito, febre, mal-estar e falta de apetite. Em alguns casos, a doença pode evoluir para casos mais graves ou não.
O tratamento da dengue é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. A hidratação é fundamental durante o tratamento. Os medicamentos recomendados, em caso de dor, são paracetamol ou dipirona.
VACINA
Vacina contra dengue foi aprovada em março deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já está disponível na rede privada de saúde.
Pesquisa realizada pelo Correio do Estado em junho deste ano apontava que a dose da vacina custava entre R$ 475 e R$ 650 em Campo Grande. O produto possui eficácia de 80% contra o vírus.
PREVENÇÃO
Existem formas de prevenir e combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Confira:
Evitar deixar água parada em vasos de plantas;
Manter caixas d'água bem fechadas;
Eliminar acúmulo de água sobre a laje;
Manter garrafas e latas tampadas;
Fazer manutenção em piscinas;
Manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos;
Tampar ralos;
Usar repelentes;
Fumacê;
Método Wolbachia.