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ImprimirMato Grosso do Sul tem seis estabelecimentos de saúde aptos para a realização de cirurgias eletivas de alta complexidade ortopédicas no Projeto MS Saúde - Mais Saúde, Menos Fila, o Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas e ampliação do acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos e exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O parecer foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (8). As propostas de adesões encaminhadas pelos gestores municipais foram analisadas por uma comissão que julgou a capacidade dos estabelecimentos de saúde para o atendimento.
As unidades aprovadas foram:
Santa Casa de Bataguassu;
Hospital Adventista do Pênfigo Matriz – Campo Grande;
Santa Casa de Cassilândia;
Hospital Soriano Correa da Silva em Maracaju;
Hospital Beneficente de Rio Brilhante e
Unidade Mista Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Santa Rita do Pardo.
A realização de cirurgias eletivas de alta complexidade nesses estabelecimentos será limitada a pacientes de baixo risco de complicações, classificados como ASA 1 e ASA 2 pela Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA).
Em caráter excepcional o Hospital Adventista do Pênfigo Matriz está autorizado a realizar pacientes com classificação ASA acima de 2. A manutenção da autorização do referido estabelecimento está condicionada ao encaminhamento mensal dos indicadores dos procedimentos realizados.
Além dos novos credenciados pelo Programa MS SAÚDE, apenas Santa Casa de Campo Grande e Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian têm habilitação para realizar cirurgias de alta complexidade ortopédica pelo SUS no estado.
No entanto, segundo o Estado, a média de cirurgias realizadas por ano nesses locais não tem sido suficiente. O parecer traz dados do sistema de regulação mostrando que em janeiro deste ano, a demanda chegava a 4.604 só em relação a cirurgias ortopédicas de quadril e coluna.
O parecer mostra que "é evidente a necessidade urgente de ampliar o acesso aos procedimentos cirúrgicos e exames complementares em Mato Grosso do Sul, dada a demanda reprimida identificada e a insuficiência da estrutura de serviços de saúde disponibilizada pelos municípios".
Assinado pelo secretário de Estado de Saúde, Mauricio Simões Correia, o documento demonstra que apesar das limitações, é imprescindível estabelecer critérios rigorosos para garantir a segurança e eficácia dos procedimentos. Restringir a realização desses procedimentos a pacientes de baixo risco, fornecer informações detalhadas sobre indicadores de qualidade e eficiência, e conduzir estudos de monitoramento para avaliar o sucesso dos tratamentos são medidas essenciais para garantir a qualidade e segurança dos serviços de saúde oferecidos à população.
Programa
Lançado em maio do ano passado, O MS SAÚDE - MAIS SAÚDE, MENOS FILA prevê que prefeituras e estabelecimentos de saúde estabeleçam convênios para garantir a realização de 15 mil cirurgias eletivas em diversas especialidades, entre elas: oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, cirurgia geral e ortopedia.
Também estão previstos ao todo 42,5 mil exames diagnósticos como ressonância magnética, tomografia computadorizada, endoscopia, densitometria, colonoscopia, holter 24 horas, cintilografia, entre outros.