FP/PCS
ImprimirO primeiro carregamento deste medicamento deverá chegar a Israel na quarta-feira, disse o Ministério da Saúde israelita, em comunicado.
A autoridade norte-americana da saúde, a Food and Drug Administration (FDA), aprovou na última quarta-feira o uso do comprimido da Pfizer contra covid-19, o primeiro tratamento oral nos Estados Unidos para o combate à doença e que se espera que também seja eficaz contra a variante Ômicron.
Em 16 de dezembro, a Agência Europeia do Medicamento aprovou a possibilidade do Paxlovid ser usado em tratamento de pessoas que não estão ventiladas e que estejam em risco de desenvolver doença grave.
O medicamento da farmacêutica Pfizer, administrado na forma de comprimido, inibe a atividade da enzima protease, que é necessária no processo de replicação do vírus no corpo.
O Paxlovid destina-se a doentes em estado leve a moderado nos primeiros três dias desde o surgimento dos sintomas.
O tratamento completo inclui um comprimido cada 12 horas durante cinco dias, de acordo com os resultados das fases dois e três dos ensaios clínicos, onde ficou demonstrado que o Paxlovid reduz os sintomas graves, a hospitalização e a morte em 89% dos casos, quando os doentes recebem a medicação cedo.
O primeiro-ministro israelita, Naftali Benet, afirmou em novembro que tinha firmado um acordo com a Pfizer para a rápida aquisição do fármaco assim que tivesse luz verde da FDA e que o Governo confia em que seja eficaz na contenção da quinta vaga da pandemia.
Israel foi um dos primeiros países do mundo a fechar um acordo com a Pfizer, há um ano, para a aquisição da sua vacina contra a covid-19, tornando-se numa das nações pioneiras em imunização da maioria da sua população.
Cerca de seis milhões de pessoas em Israel receberam o calendário completo da vacina e mais de quatro milhões contam com a terceira dose ou vacina de reforço, que o país começou a aplicar no verão.
Israel foi o primeiro país a anunciar esta semana que iniciaria "de imediato" a campanha com a quarta dose, embora atualmente esteja paralisado, aguardando a autorização do Ministério da Saúde após orientação da comissão de especialistas.
A covid-19 provocou mais de 5,39 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.