Sábado, 23 de Novembro de 2024
Ciência e Saúde
19/05/2021 14:42:00
MS continua em 1º na vacinação, mas Saúde pede colaboração dos municípios

CGNEWS/LD

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Segundo dados levantados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, Mato Grosso do Sul permanece na primeira posição no ranking nacional de vacinação, com 32,2% da população adulta vacinada com pelo menos uma dose, ainda que alguns municípios têm deixado a desejar na velocidade da imunização.

O Estado é superado apenas por São Paulo no quesito de imunizados - 14,1% dos habitantes com mais de 18 anos receberam duas doses, que garantem total eficácia prevista contra casos de covid-19, enquanto o estado paulista imunizou 0,1% a mais.

Durante coletiva feita nesta manhã, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, parabenizou os esforços feitos pelos municípios sul-mato-grossenses, que junto ao governo estadual, têm angariado cada vez mais vacinas contra a covid-19. "Fiquei feliz com a vontade da população vacinar e com a estrutura que ajudamos a criar para fazer de Mato Grosso do Sul referência".

Mesmo que ele tenha mencionado o sucesso obtido ontem pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) de Campo Grande, que vacinou quase 18 mil pessoas em um dia, ele também repreendeu algumas cidades do interior que não estejam aplicando as doses em tempo hábil e sugeriu que os gestores sejam cobrados.

"Tem muitos municípios que sequer aplicaram as doses de vacina que foram encaminhadas na segunda-feira e municípios que não aplicaram as vacinas da Coronavac ontem", disse.

Passos lentos

Pouco mais de 10% do total de habitantes sul-mato-grossenses foram imunizados com as duas doses, sendo praticamente consenso que a pandemia só será contida quando esse índice superar ao menos 70%.

Vale lembrar que até o momento, seguindo diretrizes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ministério da Saúde. vacinas não são aplicadas em pacientes com menos de 18 anos

Ainda que o Brasil seja o 5º país que mais vacinou contra a covid-19, em números absolutos, é importante lembrar que se comparado ao total da população, o País está na 59ª posição mundial.

Em entrevista concedida ontem (18) ao Campo Grande News, o médico infectologista Rodrigo Nascimento explicou que a dificuldade na aquisição de insumos para fabricar vacinas tem atrasado a campanha de imunização. "Não há insumos suficientes para a demanda exigida, há poucos países produtores de insumos. Países da Europa, de primeiro mundo, ficaram sem vacinas", comentou.

O Instituto Butantan passou por problemáticas na produção de doses por conta do não recebimento de imunizantes vindos da China no mês passado, fazendo com que muitas pessoas da Capital atrasassem a segunda dose, hoje praticamente toda concluída. Além disso, hoje foi apurado que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pode ter atraso na produção de Astrazeneca também por falta de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo).

Nascimento ressaltou que países que começaram a vacinação mais cedo já começam a liberar atividades em geral sem restrições. "Países como os Estados Unidos ou outros lugares estão voltando com público em atividades esportivas, em outros lugares não há necessidade mais de máscaras".

O infectologista também alertou para os perigos de novas variantes mais letais ou infecciosas, que podem fazer surgir uma nova onda da pandemia ainda mais perigosa. "Por isso que uma campanha de vacinação tem que ser em curto espaço de tempo, na maior quantidade de pessoas possível para não dar tempo a essas modificações", disse.

Mato Grosso do Sul apresentou pequena redução de óbitos por covid ao longo das últimas semanas, passando de mais de 50 vítimas para menos de 30. Ainda assim, são muitos registros sendo feitos diariamente, com atual média móvel de mortes ajustada em 29 vítimas por dia.

Conforme boletim epidemiológico divulgado hoje, mais de 269,5 mil pessoas tiveram covid em algum momento ao longo da pandemia, das quais 6.310 foram a óbito.

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