Sábado, 23 de Novembro de 2024
Ciência e Saúde
31/05/2013 12:00:38
Plantas medicinais têm potencial inexplorado no Brasil
No cenário internacional, a tendência é de crescimento.

Terra/AB

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\n \n O Brasil sequer possui dados oficiais sobre o tamanho do\n mercado nacional de plantas medicinais, apesar de ser apontado muitas vezes\n como a nação com a maior biodiversidade do planeta. Apenas uma droga é\n desenvolvida no País a partir de plantas medicinais (o antiinflamatório\n Acheflan), enquanto a França, a Alemanha e o Japão possuem uma indústria bem\n desenvolvida no setor.\n \n No cenário internacional, a tendência é de crescimento.\n Estimativas apontam que o mercado mundial de suplementos de ervas deve chegar a\n US$ 107 bilhões em 2017 (aproximadamente R$ 215 bilhões), segundo análise da\n consultoria Global Industry Analysts. Em 2011, as receitas chegaram a US$ 5,3\n bilhões (aproximadamente R$ 10,6 bilhões) somente nos Estados Unidos.\n \n No Brasil, no entanto, o setor gera divisas mais modestas:\n a Associação Brasileira de Empresas de Fitoterápicos estima um mercado interno\n de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com os registros da Agência Nacional\n de Vigilância Sanitária, há um total de 421 fármacos fitoterápicos no mercado\n brasileiro. Desses, apenas dez foram produzidos a partir de plantas nativas do\n País, sendo que 420 não foram desenvolvidos aqui.\n \n nbsp;\n \n Foz do Iguaçu\n \n O governo brasileiro possui um programa que incentiva a\n produção de plantas medicinais em Foz do Iguaçu, na divisa com o Paraguai. O\n Projeto Plantas Medicinais foi concebido como forma de incentivar novas\n atividades econômicas que reduzam o desemprego na região.\n \n O projeto é parte de um programa maior, chamado Cultivando\n Água Boa, da Usina Binacional de Itaipu. Criado em 2003, presta assistência\n técnica a pequenos agricultores do Oeste do Paraná com fins de conservação dos\n recursos naturais, focado na qualidade das águas e na qualidade de vida dos\n produtores locais.\n \n nbsp;\n \n Pesquisa\n \n Para implementar o projeto de plantas medicinais, uma\n equipe do programa realizou pesquisa na região. O estudo visava a entender\n quais as doenças mais comuns e quais os fitoterápicos que precisavam ser\n trabalhados para tratar essas enfermidades.\n \n Em 2005, então, a Itaipu criou um ervanário, com uma\n estrutura para secagem e produção de fitoterápicos. Ali é feita a coleta,\n limpeza, beneficiamento e controle de qualidade, além da montagem de um kit com\n 18 tipos de plantas medicinais, que servem para o tratamento das 10 doenças\n mais comuns da região.\n \n nbsp;\n \n Modelo viável\n \n “Incentivamos um modelo de produção viável e que tem\n funcionado. Ajuda a quem produz e a toda a comunidade. A intenção agora é só\n aumentar’’, explica Altevir Zardinello, coordenador do Projeto Plantas\n Medicinais de Itaipu.\n \n Dezoito postos de saúde do SUS e três hospitais da região\n de Foz do Iguaçu utilizam os tratamentos a base de 25 ervas medicinais,\n principalmente a espinheira santa, guaco e alcachofra. A comercialização deve\n ser feita a laboratórios nbsp;da região. Parte da produção também é utilizada\n pelos próprios agricultores e em merendas escolares.\n \n \n \n \n
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