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ImprimirO governador Reinaldo Azambuja (PSDB) endossou as recomendações do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia) feitas aos municípios com bandeira preta, como é o caso de Campo Grande. A orientação é fechamento total das atividades não essenciais, para frear a curva ascendente de contaminação pelo novo coronavírus e desafogar os hospitais.
Durante evento para entrega de 74 viaturas para Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, na manhã de hoje (4), no Comando-Geral da PM, o tucano ainda reforçou a autonomia do municípios, mas apelou por responsabilidade na tomada das decisões de enfrentamento à pandemia.
“Quando a gente pede o isolamento e a manutenção das atividades não essenciais é justamente para que a gente evite o número de contágio, ao mesmo tempo, de muitas pessoas, e que pode levar à falta de leitos. Se respeitarmos o isolamento e seguirmos a ciência através do Prosseguir, mantendo só as atividades essenciais, nós ultrapassamos esse momento mais difícil”, disse Azambuja.
Além da Capital, Aquidauana e Miranda também estão na faixa de extremo risco para a covid-19, segundo critérios do programa de monitoramento do governo estadual.
O governador disse não acreditar em “lockdown total”, mas destacou, reiteradas vezes, a necessidade de frear as atividades não essenciais, como comércio varejista e atacadista, bares e restaurantes, atividades religiosas, academias, feiras e shoppings.
Temos um estudo que mostra cientificamente: bandeira preta, restrição às atividades não essenciais. Seguindo a Ciência e respeitando a autonomia dos municípios, mas com responsabilidade”, ressaltou.
Azambuja foi questionado sobre o crescente número de casos confirmados de covid-19 em Mato Grosso do Sul, e voltou a dizer que não trata as comparações com demais estados como competição.
Conforme dados de consórcio de veículos de imprensa, Mato Grosso do Sul tem o maior crescimento do País na média móvel de mortes por dia, com salto de 44% em relação a duas semanas atrás.
“Estamos fazendo todo o esforço para que não faltem os leitos de UTI. Se tem muita circulação de pessoas, e o descuido de um segmento dessas pessoas leva à contaminação e à proliferação, você pode chegar no ápice de não ter leitos”, alertou o governador.
Painel da SES (Secretaria Estadual de Saúde) indica que oito a cada dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Mato Grosso do Sul estão ocupados. Campo Grande tem a situação mais grave, com taxa de ocupação em 92,5%.
A SES aponta para 27.678 casos confirmados de novo coronavírus até agora, com 433 mortes em decorrência da doença.