G1/PCS
ImprimirUma servidora pública de 42 anos morreu em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, no sábado (23), após passar por cirurgias de lipoaspiração e abdominoplastia. O corpo de Janeane Rodrigues da Silva Fidélis Klug Cresqui, que trabalhava como apoio administrativo na Escola Estadual Souza Bandeira, em Cuiabá, chegou na capital nesse domingo (24) e foi sepultado nesta segunda-feira (25), no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá.
Uma sobrinha de Janeane contou que a tia viajou para a Bolívia na última quarta-feira (20) junto com uma mulher que reúne pessoas interessadas em fazer cirurgias naquele país.
"Quando chegou lá, ela entrou em contato com a gente dizendo que tinha chegado bem e na quinta-feira (21) à noite, depois da cirurgia, quando ainda estava no hospital, mandou mensagem dizendo que tinha corrido tudo bem com a cirurgia", afirmou Paula Fabini.
O último contato que ela fez com a família foi na sexta-feira (22) de manhã. "Ela me mandou uma mensagem dizendo que estava bem e que ainda estava no hospital", contou. No entanto, na madrugada de sábado (23) começou o desespero da família, após uma mensagem da mulher que havia levado Janeane para o procedimento na Bolívia.
"Recebemos uma mensagem dizendo que a minha tia não estava bem e que alguém da família deveria ir urgente para lá, mas nós não temos reserva financeira para sair assim rápido. Ela jogou a informação no vento e sumiu. Me bloqueou no WhatsApp, não conseguimos mais contato com ela", disse Paula.
Em desespero, Paula contou ter tentando manter contato com o hospital e conseguiu algumas informações com uma estudante de medicina, que acompanhou o pós operatório da paciente. "Ela falou que, por volta de 2h da madrugada de sábado, a minha tia começou a ter convulsões, a se debater, teve uma parada cardíaca, demorou cerca de 25 minutos para reanimá-la", relatou.
De acordo com Paula, Janeane teve uma segunda parada cardíaca à tarde e faleceu.
A suspeita, segundo ela, é que a tia tenha passado mal em uma casa de apoio, que cuida das pessoas que vão sozinhas fazer cirurgia.
"A Ana Cristina (mulher que a acompanhava) disse que levou ela às pressas de táxi para o hospital depois que ela teve uma parada cardíaca, ou seja, ela recebeu alta hospitalar menos de 24 horas após a cirurgia, o que é errado", avaliou.
O laudo da morte aponta infarto cardíaco. A reportagem entrou em contato com a clínica, na qual a família diz ter sido realizado o procedimento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O corpo da vítima foi translado de Santa Cruz de La Sierra até San Matias de avião. Depois, de carro chegou até Cáceres, a 220 km de Cuiabá, onde o marido de Janeane foi buscá-lo com uma equipe funerária de Cuiabá.