Ciência e Saúde
25/01/2013 09:00:00
Tecnologia genética promete retardar o envelhecimento da pele
Com o avanço da tecnologia na área dermatológica, o código genético de cada um, pessoal e único, passa a ser utilizado com uma ferramenta a mais na eterna luta contra o envelhecimento.
UOL/HJ
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\n \n Com o avanço da tecnologia na área dermatológica, o código\n genético de cada um, pessoal e único, passa a ser utilizado com uma ferramenta\n a mais na eterna luta contra o envelhecimento.
O sonho de uma pele eternamente\n jovem pode não estar tão longe de ser realizado. Ao realizar a análise de DNA,\n é possível criar tratamentos e cremes específicos de acordo com as\n características individuais de cada paciente. Mas, segundo os especialistas, o\n otimismo deve ser bem dosado, já que há um caminho a ser percorrido. \n \n "Ainda existe muito a se desenvolver na área", diz a\n dermatologista Andrea Godoy. "Até o momento, nós não consertamos\n alterações genéticas nem causamos mutações que revertam a queda de cabelos ou o\n desenvolvimento de câncer de pele", ressalta.
Para Andrea, o tratamento\n com avaliação genética só oferece uma análise objetiva das deficiências e\n necessidades individuais. "Por exemplo, o exame auxilia na determinação e\n nas causas da flacidez, ajudando assim na escolha do ativo, ou seja, da\n substância que será adicionada ao creme que, pelo menos teoricamente, será\n capaz de parar ou reverter a evolução do processo", explica. \n \n O dermatologista Adilson Costa reconhece que o futuro da\n dermatologia está no genoma, ou seja, no mapa genético dos pacientes, mas\n afirma que "ainda precisamos de estudos de acompanhamento a longo prazo e\n também da repetição dos exames realizados", sendo que só assim é possível\n avaliar se os produtos criados a partir da análise do DNA realmente atingiram o\n objetivo esperado. Enquanto isso é prematuro dizer que os tradicionais cremes\n manipulados em farmácia são menos eficazes do que os feitos com a análise\n genética do paciente, alerta. \n \n De olho no futuro\n \n As grandes empresas já estão de olho nessa evolução do mercado\n cosmético e dermatológico. No ano passado, o grupo O Boticário inaugurou a\n empresa Skingen, dividida em\n Skingen Lab e Skingen Pharma. "Nosso sistema de\n tratamento é baseado na análise de funcionamento dos genes que ficam em nosso DNA. Diferentemente\n de algumas propostas, a análise não é feita com o DNA diretamente, mas sim como\n RNA (ácido ribonucleico) produzido a partir de cada gene", conta Israel\n Feferman, diretor executivo. "A técnica proposta é bastante inovadora,\n pois une a avaliação clínica do dermatologista com uma análise de processos que\n ocorrem no interior da pele. A aplicação dessa técnica é nova, mas consideramos\n aperfeiçoada", acrescenta. \n \n Feferman também defende a eficácia dos cremes manipulados de\n acordo com o código genético do paciente. Pois, como ele diz, já que o envelhecimento\n decorre da associação de diversos processos, é importante considerar todos eles\n na obtenção de um tratamento diferenciado. "Outro diferencial oferecido\n pela Skingen é a triplananotecnologia, que otimiza a entrega dos ingredientes\n ativos nas diferentes camadas da pele, no local onde precisam atuar\n efetivamente", diz ele.
Com isso, o nível de personalização do tratamento\n aumenta, assim como a capacidade de atuar especificamente nas necessidades de\n cada paciente. "A análise baseada no RNA permite ainda avaliar a resposta\n ao tratamento com a repetição do teste e fazer os ajustes necessários na\n fórmula para alcançar a melhor resposta possível para o paciente. Nenhum outro\n sistema permite isso", garante. \n \n Alta\n tecnologia tem seu preço. No caso, ainda altos. "O custo é compatível com\n um tratamento diferenciado, exclusivo e altamente tecnológico", justifica\n Feferman. O preço médio de cada pote para o tratamento Skingen fica entre R$\n 500 e R$ 600, com duração de 30\n a 90 dias, dependendo da prescrição.
A coleta da mostra\n da pele é um procedimento do dermatologista e o custo pode variar de acordo com\n cada clínica. Após o procedimento, o material é enviado pelo profissional para\n o laboratório que faz a análise genética e então os cremes são manipulados de\n acordo com a indicação do dermatologista. \n \n \n \n \n
O sonho de uma pele eternamente\n jovem pode não estar tão longe de ser realizado. Ao realizar a análise de DNA,\n é possível criar tratamentos e cremes específicos de acordo com as\n características individuais de cada paciente. Mas, segundo os especialistas, o\n otimismo deve ser bem dosado, já que há um caminho a ser percorrido. \n \n "Ainda existe muito a se desenvolver na área", diz a\n dermatologista Andrea Godoy. "Até o momento, nós não consertamos\n alterações genéticas nem causamos mutações que revertam a queda de cabelos ou o\n desenvolvimento de câncer de pele", ressalta.
Para Andrea, o tratamento\n com avaliação genética só oferece uma análise objetiva das deficiências e\n necessidades individuais. "Por exemplo, o exame auxilia na determinação e\n nas causas da flacidez, ajudando assim na escolha do ativo, ou seja, da\n substância que será adicionada ao creme que, pelo menos teoricamente, será\n capaz de parar ou reverter a evolução do processo", explica. \n \n O dermatologista Adilson Costa reconhece que o futuro da\n dermatologia está no genoma, ou seja, no mapa genético dos pacientes, mas\n afirma que "ainda precisamos de estudos de acompanhamento a longo prazo e\n também da repetição dos exames realizados", sendo que só assim é possível\n avaliar se os produtos criados a partir da análise do DNA realmente atingiram o\n objetivo esperado. Enquanto isso é prematuro dizer que os tradicionais cremes\n manipulados em farmácia são menos eficazes do que os feitos com a análise\n genética do paciente, alerta. \n \n De olho no futuro\n \n As grandes empresas já estão de olho nessa evolução do mercado\n cosmético e dermatológico. No ano passado, o grupo O Boticário inaugurou a\n empresa Skingen, dividida em\n Skingen Lab e Skingen Pharma. "Nosso sistema de\n tratamento é baseado na análise de funcionamento dos genes que ficam em nosso DNA. Diferentemente\n de algumas propostas, a análise não é feita com o DNA diretamente, mas sim como\n RNA (ácido ribonucleico) produzido a partir de cada gene", conta Israel\n Feferman, diretor executivo. "A técnica proposta é bastante inovadora,\n pois une a avaliação clínica do dermatologista com uma análise de processos que\n ocorrem no interior da pele. A aplicação dessa técnica é nova, mas consideramos\n aperfeiçoada", acrescenta. \n \n Feferman também defende a eficácia dos cremes manipulados de\n acordo com o código genético do paciente. Pois, como ele diz, já que o envelhecimento\n decorre da associação de diversos processos, é importante considerar todos eles\n na obtenção de um tratamento diferenciado. "Outro diferencial oferecido\n pela Skingen é a triplananotecnologia, que otimiza a entrega dos ingredientes\n ativos nas diferentes camadas da pele, no local onde precisam atuar\n efetivamente", diz ele.
Com isso, o nível de personalização do tratamento\n aumenta, assim como a capacidade de atuar especificamente nas necessidades de\n cada paciente. "A análise baseada no RNA permite ainda avaliar a resposta\n ao tratamento com a repetição do teste e fazer os ajustes necessários na\n fórmula para alcançar a melhor resposta possível para o paciente. Nenhum outro\n sistema permite isso", garante. \n \n Alta\n tecnologia tem seu preço. No caso, ainda altos. "O custo é compatível com\n um tratamento diferenciado, exclusivo e altamente tecnológico", justifica\n Feferman. O preço médio de cada pote para o tratamento Skingen fica entre R$\n 500 e R$ 600, com duração de 30\n a 90 dias, dependendo da prescrição.
A coleta da mostra\n da pele é um procedimento do dermatologista e o custo pode variar de acordo com\n cada clínica. Após o procedimento, o material é enviado pelo profissional para\n o laboratório que faz a análise genética e então os cremes são manipulados de\n acordo com a indicação do dermatologista. \n \n \n \n \n
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