Em Mato Grosso do Sul, o verão começa no finzinho desta quinta-feira (21). Para ser mais exato, a temporada mais quente vai ter início às 23h27 e se estende até 19 de março, às 23h06. As bactérias e vírus são mais propensas à proliferação com calor excessivo e frequente, segundo especialistas. Por isso, redobrar os cuidados com a saúde durante a estação é mais que necessário.

Cuidado redobrado: a meteorologia indica que os termômetros vão continuar nas alturas. Com isso, os cuidados com a saúde devem ser redobrados: algumas doenças costumam aparecer com mais frequência no verão. Veja abaixo as principais.

Desidratação;

Intoxicação alimentar;

Conjuntivite.

Verão é 'boom' para vírus e bactérias: o g1 conversou com o médico Ronaldo de Souza Costa que explicou que a temperatura do verão favorece a reprodução de vírus e bactérias causadoras das doenças.

"Assim, em qualquer lugar os microrganismos têm mais facilidade de se reproduzirem. É como se fosse uma estufa ideal", ressaltou. O meteorologista e coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilvan Sampaio, ressaltou que o verão vai seguir com temperaturas acima da média e que as temperaturas recordes e as frequentes ondas de calor são uma consequência direta do El Niño. "Vamos ter ainda ondas de calor, como as registradas nos últimos meses", comenta.

Doenças mais frequentes no verão

Conjuntivite: além da conjuntivite viral, que é comum o ano inteiro, durante o verão a doença pode ser causada pelo sal do mar ou pelo cloro da piscina. Também pode ser transmitida por bactérias na água.

Para evitar, use óculos de natação e lave os olhos depois do mergulho. É importante evitar contato com pessoas já infectadas.

"Lavar a mão repetidamente, ter sempre álcool para poder passar nas mãos. Verificar se na sua casa ou trabalho tem ninguém com olhos vermelhos, tudo muito observação", reforçou o médico.

Intoxicação alimentar: a doença é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus ou até fungos. No verão, o risco de contaminação aumenta, já que o calor favorece a proliferação dos microrganismos, acelerando o processo de decomposição dos alimentos.

As formas de prevenção vão desde a armazenagem e distribuição correta dos alimentos, até as condições de higiene e cultura da população. No entanto, alguns hábitos podem ajudar a evitar a doença:

lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de entrar em contato com alimentos;

evitar o consumo de carne crua ou mal passada;

não comprar itens que estejam com embalagens amassadas ou danificadas;

não ingerir bebidas diretamente de garrafas e latas.

Desidratação: no calor, o corpo sua mais, como forma de manter a temperatura ideal. Se pessoa ingere menos líquido do que o corpo perde, pode levar à desidratação. Os sintomas podem ser leves, como mal estar e dor de cabeça, mas pode até matar por insuficiência renal.

De acordo com o especialista, pessoas que trabalham em locais fechados, como escritórios, precisam tomar no mínimo 1,5 litro de água por dia. Para trabalhadores com jornada em ambientes abertos, expostos ao sol, é necessário tomar pelo menos o dobro.

O especialista também reforça que a doença é mais perigosa para idosos e crianças. "Idosos e crianças geralmente não tem vontade de tomar água, precisa oferecer água o tempo todo".

Insolação: é a exposição exagerada ao sol, especialmente nos horários mais quentes - entre 10h e 16h. Pode causar queimaduras na pele e desidratação. É recomendado que as prefiram os horários que o sol está mais ameno, mas para quem trabalha exposto ao raios solares e não têm escolha, é necessário usar roupas leves e muito protetor solar.

Doenças arboviroses: as mais comuns são a Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela. No verão, a incidência de chuvas aumenta, assim os riscos de água parada, ambiente ideal para a reprodução dos mosquitos aedes aegypti.

Os mosquitos podem usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas. Então, é importante evitar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. Outras dicas podem salvar:

é recomendado usar repelente de ambiente;

mosquiteiro, principalmente em pessoas acamadas ou crianças;

usar roupas que protejam braços, pernas e pés;

além de telar portas e janelas.