Há um ditado milenar muito certo: ninguém escolhe por quem irá se apaixonar. Apaixonar-se, amar com intensidade, aproveitar a vida com carinhos e cafés da manhã na cama é o sonho de qualquer pessoa. Mas e se essa pessoa por quem você se apaixonou já é mãe de um filho pequeno?

Recebi o convite de escrever sobre o assunto há meses e depois de pensar muito a respeito resolvi compartilhar da minha experiência. O fato é, por mais que eu fale sobre essa experiência, o amanhã sempre vai ensinar mais.

Recebi o convite de escrever sobre o assunto há meses e depois de pensar muito a respeito resolvi compartilhar da minha experiência. O fato é, por mais que eu fale sobre essa experiência, o amanhã sempre vai ensinar mais.

A primeira coisa que aprendi foi que mãe que é solteira está procurando um amor e não um pai para o filho dela (a criança já tem pai e essa convivência irá existir pra sempre). No entanto, algo que me preocupou no começo foi: como fazer amizade com o pequenino? No meu caso não foi tão difícil porque gosto muito de crianças e o Enzo foi bem receptivo comigo. Procuro ser amigo, ajudar na educação e aprender com ele também, já que eu ainda não tenho filhos.

Tive muito medo do julgamento dos familiares, mas isso foi até que o tempo passasse e eu ganhasse a confiança necessária para ajudar a cuidar dele. Depois que a convivência ficou maior, já estava até dando banho, fazendo mamadeira e até ajudando nas tarefas do colégio (coisas que faço sempre que estamos juntos).

Durante esse tempo também aprendi que a mãe solo é mais independente, raramente tem tempo para brigas e desentendimentos. Ela quer mais aproveitar o tempo que sobra para descansar a cabeça, aproveitar o filho e o namorado. E a menos que você não queira competir atenção no mesmo nível do filho dela, tudo ficará muito bem. Aproveite os momentos de lazer, eles são realmente valiosos.

Todos os planos que você fizer, inclua o filho dela. Essa relação só vai durar se você aceitar o fato dela ser mãe. Um dia ela poderá ser mãe dos seus filhos também e você será pai de todos os filhos dela. Desta forma, a assistência será igual para todos, não é verdade? Então, seja realista e justo.

As críticas e julgamentos sempre existirão: fuja disso. A menos que as críticas sejam construtivas, fuja de todas elas. Isso faz uma pessoa enlouquecer, faz até você ter medo de conviver com o filho dela. Seja leve com ele, ele não tem nada a ver com o que acontece no mundo dos adultos. Ele está ali pronto para brincar com você, para dar umas risadas e te ensinar que somos todos eternas crianças.

No mais, muita paciência e viva um dia de cada vez. Nos momentos mais difíceis eu ainda faço a mesma pergunta que fiz a ela no início de tudo: o amor vence tudo? - E dissemos sim um para o outro.