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ImprimirNo Brasil, mais de 1,2 milhão de pessoas convivem com a doença de Alzheimer, segundo estimativa da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). E esse número pode dobrar até 2050 se nenhuma medida preventiva for adotada, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas a boa notícia é que a prevenção pode estar ao alcance de hábitos diários. O psiquiatra americano Daniel Amen, autor do livro Change Your Brain Every Day, afirma que é possível reduzir em até 50% o risco da doença com a adoção de 11 atitudes simples e eficazes.
Em entrevista à Fox News, Amen explicou que o Alzheimer pode começar silenciosamente no cérebro décadas antes de os primeiros sintomas aparecerem. “Uma mulher de 59 anos diagnosticada com Alzheimer provavelmente já apresentava alterações cerebrais desde os 20 anos”, alerta. Por isso, segundo ele, nunca é cedo demais para começar a proteger a mente.
Confira os 11 hábitos indicados pelo especialista:
1. Estimular o fluxo sanguíneo
O baixo fluxo sanguíneo é um dos principais preditores de Alzheimer em exames cerebrais. Evite o uso excessivo de álcool, cafeína e nicotina, além do sedentarismo e do excesso de peso. Caminhar 30 minutos por dia já pode fazer diferença.
2. Manter a mente ativa
A aposentadoria e o envelhecimento podem desacelerar a atividade cerebral. Aprender algo novo todos os dias — como um idioma, instrumento ou jogo — ajuda a preservar a cognição.
3. Combater a inflamação
Inflamações crônicas estão associadas a problemas neurológicos, psiquiátricos e até câncer. A saúde bucal, especialmente, merece atenção: doenças gengivais podem facilitar o desenvolvimento de doenças cerebrais.
4. Observar a genética
Ter casos de Alzheimer na família não é sentença, mas um alerta. Conhecer o histórico familiar ajuda a planejar ações preventivas personalizadas.
5. Prevenir traumatismos cranianos
Lesões na cabeça aumentam significativamente o risco de demência. Proteja-se em atividades físicas, no trânsito e no dia a dia.
6. Reduzir exposição a toxinas
Substâncias como chumbo, mercúrio, álcool e drogas podem impactar o cérebro. A ingestão adequada de água e fibras ajuda a eliminar toxinas do organismo.
7. Cuidar da saúde mental
Depressão, ansiedade e estresse afetam a saúde cerebral. Buscar suporte psicológico e emocional é essencial para o bem-estar global.
8. Fortalecer a imunidade
Manter o sistema imunológico em bom estado também protege o cérebro. A vitamina D, por exemplo, é aliada tanto da imunidade quanto da função cognitiva.
9. Avaliar o equilíbrio hormonal
Alterações hormonais — especialmente na menopausa ou andropausa — afetam a memória, o humor e a concentração. Um check-up hormonal pode ser importante.
10. Prevenir o diabetes
A resistência à insulina e o diabetes tipo 2 estão ligados ao declínio cognitivo. Manter um peso saudável e bons hábitos alimentares é parte da prevenção.
11. Priorizar o sono
Dormir bem é essencial para a memória, a tomada de decisões e a energia diária. A privação de sono crônica está diretamente associada ao risco de demência.
Segundo Amen, o cérebro deve ser tratado como um “órgão precioso”, e os hábitos adotados ao longo da vida são determinantes para a saúde mental na velhice.