Quinta-Feira, 26 de Dezembro de 2024
Comportamento
22/07/2023 09:12:00
Mulher ficou tetraplégica após comer molho pesto comprado em feira artesanal
Infecção causada por bactéria é bastante rara no Brasil, com menos de 10 casos por ano

Metrópoles/PCS

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Uma servidora pública do Distrito Federal ficou 10 meses internada na UTI após contrair uma infecção bacteriana através de um molho pesto que havia comprado em uma feira artesanal, que a deixou tetraplégica.

Dora Carneiro, de 47 anos, começou a sentir fraqueza extrema no corpo e enrolar a língua em janeiro de 2022 e rapidamente foi levada ao hospital com suspeita de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Durante os exames feitos em emergência, ela parou de respirar e teve que ser entubada. Antes de chegar ao diagnóstico final, ela foi tratada como portadora de AVC, pois não conseguia movimentar braços, pernas e não tinha expressões faciais, e Síndrome de Guillan-Barré, doença causada por outra bactéria, que também causa paralisia.

O diagnóstico final, de botulismo, só foi dado quando um neurologista percebeu a ausência de reflexo e a pupila dilatada da paciente e sugeriu testar para a doença, cujos registros apontam menos de 10 casos por ano em todo território nacional.

A vigilância sanitária foi acionada e recolheu amostras de alimentos da geladeira da paciente, que mora sozinha, e encaminhou para o laboratório do Instituto Adolf Lutz, em São Paulo, que confirmou a contaminação do molho pesto com a toxina botulínica.

Além dos danos físicos, a tetraplegia e as constantes dores neuropáticas, Dora teve ainda que lidar com outro grande problema. O convênio cobrou uma conta de co-participação pelos meses em que esteve internada no valor de R$ 400 mil, que ela simplesmente não tem como pagar.

Ainda se recuperando da tetraplegia, Dora anunciou que pretende processar a feira que vendeu o produto contaminado e o convênio responsável pela cobrança.

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