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Comportamento
26/03/2023 08:01:00
Onda de suicídios deixa MP em alerta e Promotoria vai fiscalizar ações em MS
Segundo o MPE, índices do Ministério da Saúde indicam que Campo Grande é a segunda capital do país em suicídio

TMN/PCS

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Um procedimento administrativo para fiscalizar as instituições e políticas públicas de Campo Grande para acompanhar as ações de prevenção e enfrentamento ao suicídio foi instaurado devido ao aumento de mortes em todo o Estado.

Nesta semana, um professor de Campo Grande tirou a vida após quadros diversos de depressão. Há 15 dias, por exemplo, a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros conseguiram salvar uma vítima que estava em cima de um pontilhão da avenida Mascarenhas de Moraes, bairro São Francisco, em Campo Grande.

A publicação do procedimento administrativo consta no Diário Oficial do MPMS desta quinta-feira (23). A promotora Daniella Costa da Silva, da 32.ª Promotora de Justiça da Saúde Pública, é a responsável e diz que o objetivo é fiscalizar as instituições e políticas públicas para acompanhar as ações de prevenção e enfrentamento ao suicídio em Campo Grande e Mato Grosso do Sul.

O documento indica que em consulta ao Ministério da Saúde, foi visto que os alarmantes índices de suicídios registram Campo Grande como a 2ª Capital do país em suicídio, sendo o Estado de Mato Grosso do Sul o 3º do país nesse desonroso índice.

Índices

O Projeto Estadual de Prevenção do Suicídio indica que em Mato Grosso do Sul, as mortes por causas externas representam a 3ª maior. De 2.054 mortes ocorridas em 2017, 12,5 % foram por suicídio. Desde 2015, o estado tem apresentado um aumento significativo nas taxas de mortalidades, de 8,5 para 9,6 em 2017 para cada 100.000 habitantes.

Segundo o MP, em 2017, foram registrados 255 óbitos e notificados 1.728 casos de tentativa de suicídio no estado. Foi realizado diagnóstico nos municípios de cada região de saúde, chegando aos 15 com maiores taxas de mortalidade, sendo: Região de Dourados (Amambaí, Antônio João, Aral Moreira, Caarapó, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Paranhos, Ponta Porã, Sete Quedas e Tacuru). Região de Três Lagoas (Paranaíba e Três Lagoas) e Região de Campo Grande (Aquidauana e Campo Grande).

Problema de saúde pública

Conforme a promotora, o suicídio é um problema de saúde pública mundial, complexo e delicado. Desde 2003 a Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeram o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, as primeiras atividades relativas ao Setembro Amarelo ocorreram em 2015.

A promotoria considerou a importância de se ter como “estratégia permanente do poder público para a prevenção desses eventos e para o tratamento dos condicionantes a eles associados" e o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio no Brasil.

O MP deu prazo de 15 dias para que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde), indiquem qual é o projeto atual de prevenção ao suicídio e quais ações estão sendo desenvolvidas.

A redação enviou as assessorias de comunicação da SES e Sesau, uma solicitação sobre quais planos estão sendo praticados. Quando houver retorno será realizada inserção no texto ou nova nota.

Frases de Alerta

Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas devem ligar o sinal de alerta quando houver situações abaixo:

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