G1/PCS
ImprimirO vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (24) que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, entendeu que “cometeu um erro” ao participar de um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
Pazuello é general da ativa, e o regulamento do Exército veda participação de militar em manifestação de cunho político.
O ex-ministro esteve no passeio de motocicleta realizado por Bolsonaro no domingo (23) no Rio de Janeiro. Ele subiu no carro de som e fez um rápido discurso. Pazuello, Bolsonaro e aliados do presidente estavam sem máscara, o que é proibido no Rio.
"Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro", afirmou Mourão a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.
Mourão, que é general da reserva, disse considerar “provável” uma punição a Pazuello dentro do Exército.
"É provável que seja [punido]. É uma questão interna do Exército. Ele [Pazuello] também pode pedir transferência para reserva e aí atenuar o problema", disse Mourão.
Questionado se a condução do caso pode abrir uma brecha para politizar os quartéis, o vice disse que não acredita nessa hipótese.
"Acho que o episódio será conduzido à luz do regulamento, isso tem sido muito claro em todos os pronunciamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa", completou Mourão.
Possíveis infrações
Bolsonaro e seus apoiadores podem ser responsabilizados por nove tipos de infração devido ao ato no Rio:
Falta do uso de máscara
Aglomeração
Infração de medida sanitária
Uso de capacete incorreto
Placas de moto escondidas
Falta do uso de cinto de segurança
Corpo para fora do carro
Manifestação de militar da ativa
Pedido de intervenção militar